Cidades

Crise pode favorecer bons negócios entre proprietários e inquilinos

A explicação para os preços mais baixos é a redução na demanda dos últimos meses

postado em 01/02/2016 06:23

Letícia Arraes, 24 anos, assistente de marketing

É comprovado que, durante a crise, as pessoas ficam mais receosas com as despesas. Em queda livre, o nível de confiança da população assusta todos os segmentos do mercado. Embora o ramo imobiliário não seja exceção, ele tem provado que bons negócios podem ser feitos mesmo em tempos de cautela. A necessidade dos proprietários de atender às condições de quem procura favorece o cenário. ;Os donos de imóveis estão dispostos a melhorar as condições de pagamento e o preço. Atualmente, eles estão muito mais abertos a negociar do que em anos anteriores;, afirma o presidente do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (Secovi-DF), Carlos Hiram Bentes David.

A explicação, segundo ele, é a redução na demanda dos últimos meses. ;Todas as áreas foram afetadas pela crise. Não foi diferente para o setor de imóveis. Inflação, taxa de juros alta, restrição ao crédito e renda corroída, isso tudo acaba gerando impacto no setor;, explica o presidente do Secovi. ;No momento atual do mercado imobiliário, a palavra-chave é negociação;, completa o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), Hermes Alcântara. ;Compradores e inquilinos têm o poder em mãos.;

Prova disso é que os preços de certos tipos de imóveis, para locação e compra, caíram nos últimos meses no DF, segundo o Secovi. Embora os preços de quitinetes e apartamentos de três quartos tenham ficado estáveis durante o ano passado ; por volta de R$ 230 mil e R$ 600 mil, respectivamente ;, os de um dormitório despencaram quase 6%. De R$ 250 mil, em janeiro, a média foi para R$ 235,5 mil, em dezembro. Os imóveis de dois quartos também ficaram mais em conta. Começaram o ano custando, em média, R$ 331 mil, e terminaram 3,3% mais baratos, a R$ 320 mil. De outubro para dezembro, as opções de quatro quartos saíram do maior preço do ano (R$ 1,4 milhão, em outubro) para R$ 1,28 milhão. Com a queda de quase 8%, quem deixou de comprar em outubro para adquirir o imóvel em dezembro economizou mais de R$ 100 mil.

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