Cidades

Advogada pede que guarda de menino entregue ao pai seja revista

Enquanto isso, defesa do pai exige retirada de vídeo de redes sociais. Tia do menino contesta versão da cunhada

Amanda Carvalho - Especial para o Correio
postado em 03/02/2016 08:43
Mais dois capítulos foram acrescentados à novela da guarda do menino de 6 anos, que tomou conta das redes sociais. Na segunda-feira, a advogada Ellen Cristina Carvalho Silva, que representa a mãe da criança, contestou, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), a decisão do juiz Edmar Ramiro Correia, que determinou o retorno do garoto ao pai. O advogado do pai, João Guilherme Grous, vai pedir que as imagens que aparecem na internet seja retiradas do ar.

[SAIBAMAIS]Segundo Grous, o filme feito por Sarah Borges Almada de Abreu, 34 anos, amiga da mãe, são ilegais e expõem a criança nacionalmente. ;Nós acreditamos na lei e na Justiça e pedimos que tanto a imagem do pai e da família, e principalmente a do menor deixassem de ser expostas, a fim de preservar a integridade física e a psicológica;. Na opinião dele, a filmagem foi feita em uma sala reservada e que, por isso, precisaria de autorização prévia para ser veiculada.

A polêmica começou porque, em imagens vistas em redes sociais na semana passada, a criança de 6 anos pedia desesperadamente para ficar com a mãe, depois da decisão judicial que devolveu a guarda ao pai. A mãe afirma que, até meados de agosto do ano passado, ela falava diariamente com o filho, mas o pai começou a impedir as ligações. No mesmo período, ela teria recebido informações da ex-cunhada sobre possíveis maus-tratos sofridos pelo garoto. ;Quando vi meu menino, ele estava muito triste, chorava, estava abatido e magro. Então, resolvi trazê-lo para casa;, relatou a mãe.
Ontem, a ex-cunhada da mãe falou ao Correio e deu uma versão diferente. A mulher conta que o sobrinho sempre foi muito feliz em Capivari e a acusa de distorcer as histórias: ;Eu liguei para ela vir ver o filho, pois ele perguntava sobre a mãe. Ela me perguntou se ele estava sofrendo e eu disse que sofria de saudades dela;, relata. ;Em momento algum falei mal do pai do meu sobrinho. Ela agiu de má-fé. Se eu soubesse disso, jamais a teria procurado, pois amor e carinho, o menino sempre teve de sobra. Por causa dessas mentiras dela, meu irmão não fala mais comigo, nem com a nossa mãe. Essa mulher está destruindo a nossa família.;

Família abalada

A ex-cunhada conta também que, assim que a mãe do menino o levou da cidade, toda a família paterna ficou extremamente abalada. ;Senti muita falta do meu sobrinho, pois eu o tratava como um filho. Assim que ela o levou, meu pai conseguiu um mandado de busca e apreensão, mas, quando ele chegou em Brasília, ela não estava em casa, havia mudado e não avisou a ninguém. Ficamos muito preocupados.;

Para a advogada Ellen Cristina, a tia da criança pode ter mudado de opinião por uma possível ameaça do irmão. ;O pai do menino tem um comportamento agressivo e ele pode estar coagindo essa mulher. Ela, inclusive, é testemunha no processo. Na Justiça, ela não poderá mudar a versão;. Nide Barbosa, conselheira tutelar em Capivari, afirmou em uma rede social que a criança não sofreu maus-tratos. ;O juiz é totalmente preparado e julgou de forma sensata. Muitas informações não podemos passar, pois o processo corre em segredo de Justiça;.

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