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Cidades

Irmão de pai morto na porta de escola comenta prisão de assassinos

"Isso não vai trazer meu irmão de volta, mas vai tirar esses criminosos das ruas, e evitar que outras pessoas sejam vitimas e sofram assim como nós", disse Heliton Chagas Quirino, irmão da vítima

A prisão dos três suspeitos do latrocínio do servidor do Senado Federal, Eli Roberto Chagas, 51 anos, trouxe um pouco de alivio aos familiares que aguardavam pela solução do caso. ;Isso não vai trazer meu irmão de volta, mas vai tirar esses criminosos das ruas, e evitar que outras pessoas sejam vitimas e sofram assim como nós;, disse ao Correio, Heliton Chagas Quirino, 40, irmão da vitima.

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[SAIBAMAIS]O crime mudou a rotina de todos da família. Os dois filhos da vítima ; uma menina de 12 anos e um garoto de 15 ; mudaram de escola e a viúva não descarta a possibilidade de procurar apoio psicológico. Todos os dias, Heliton comparecia à 4; Delegacia de Polícia (Guará) para acompanhar as investigações. A demora na conclusão do caso provocava angústia nos parentes. ;As prisões amenizam o nosso sofrimento diário. Essa foi somente uma etapa, agora esperamos que na Justiça, eles venham a responder pelo o que fizeram de uma maneira exemplar. A vida de toda a família foi afetada, principalmente da minha cunhada e sobrinhos que não terão o pai para acompanhá-los durante todas as fases da vida;, comentou.

O contato do suspeito com Eli não durou um minuto. ;Mataram a preço de nada. O carro já estava em posse deles. Foi um crime bárbaro, que destruiu a nossa família;, disse o irmão. Além de perder o servidor público, a família sofreu com a morte, em 7 de fevereiro, do patriarca, Élio Chagas Quirino, 82 anos. Ele não soube do assassinato do filho. O pai estava na UTI e faleceu devido a complicações do diabetes.

Memória


O servidor público federal Eli Roberto Chagas, 51 anos, morreu em 2 de fevereiro, em frente ao Colégio Rogacionista, na QE 38 do Guará 2. Ele esperava pelos filhos ; uma menina de 12 anos e um garoto de 15 ;, quando foi abordado por um bandido armado. O criminoso entrou no veículo dele, um Toyota Corolla 0km, retirado horas antes da concessionária. Os dois permaneceram no carro por menos de 40s. Antes de fugir com o automóvel, o assaltante disparou quatro vezes. Dois atingiram a vítima, que morreu no local. A polícia recuperou o Corolla cinco horas depois, no Setor de Oficinas Sul. Segundo testemunhas, o autor dos disparos vestia uma camisa que parecia ser uniforme escolar.