A fuga dos 10 presidiários que conseguiram burlar o sistema de segurança do Completo Penitenciário da Papuda é investigada pelas polícias Civil e Militar. O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) demonstrou, em evento público, na manhã desta segunda-feira (22/2), nervosismo com a falta de explicações por parte dos órgãos de segurança.
A suspeita é de que os condenados tenham ultrapasado ao menos quatro barreiras, na madrugada de domingo (21/2), para deixar o presídio. O grande enigma é como fizeram tudo isso sem que nenhum guarda notasse.
Ninguém ainda explicou também se câmeras de vigilância filmaram ou não a fuga. Todos saíram de celas diferentes. A suspeita é que o grupo tenha quebrado o portão das celas, com a ajuda de serra, se reunido no pátio central e pulado o muro dos fundos do presídio. É provável que o grupo tenha escapado com armas de fogo em punho.
Segundo um agente da 10; DP, que não quis se identificar, os prisioneiros quebraram uma parede de concreto e depois pularam o muro do presídio com o auxílio de uma "tereza", nome dado a corda feita com lençóis amarrados uns nos outros.
No ponto em que os presos deixaram o complexo, não havia vigilante. A guarita, que deveria ser ocupada por um policial militar, estava vazia. Essa informação criou uma crise entre as forças de segurança do Distrito Federal, com acusações de ambos os lados. A PM reclama de ter sido acionada somente cinco horas após a fuga. Ninguém também soube explicar o motivo da demora.
Organização
Na parte externa, os homens, que são condenados a penas de até 95 anos de prisão passaram com facilidade.
Até o momento, seis dos 10 foragidos foram recapturados. Dois dos fugitivos são apontados como autores de um roubo ocorrido na manhã desta segunda-feira (22/2), no Lago Sul. Uma dupla armada levou dinheiro e o carro de um caseiro.
Atualmente, a Papuda opera superlotada. Com capacidade de 1,5 mil pesos, detém 3,4 mil.