Cidades

Fuga de detentos da Papuda mostra falta de investimento em segurança no DF

De um lado, policiais e agentes reivindicam melhores condições de trabalho. De outro, chefes de corporação e aliados buscam se manter em posições favoráveis

Isa Stacciarini
postado em 28/02/2016 08:15
De um lado, policiais e agentes reivindicam melhores condições de trabalho. De outro, chefes de corporação e aliados buscam se manter em posições favoráveis

A fuga de 10 homens do Complexo Penitenciário da Papuda escancarou um problema na segurança pública que sempre esteve prestes a estourar: a falta de investimento no setor. A ausência de estrutura e pessoal nas corporações, atrelada à disputa de posições entre os integrantes do setor, revelam quais são as prioridades de quem ocupa o alto comando. Enquanto o jogo político ganha espaço nos bastidores, crimes violentos assustam moradores da capital. O episódio do último domingo, quando os condenados escaparam da Penitenciária 1 do DF (PDF I), demonstra que a área vive uma crise institucional. Para especialistas, é hora de pensar políticas públicas de segurança casadas com assistência social e ressocialização.

De um lado, policiais e agentes reivindicam melhores condições de trabalho. De outro, chefes de corporação e aliados buscam se manter em posições favoráveis. No início do ano, ocorrências nos lagos Sul e Norte, nas asas Sul e Norte, no Setor de Clubes de Sul e no Núcleo Rural Lago Oeste fizeram o governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), anunciar medidas para estancar a repercussão negativa dos episódios e garantir a segurança do brasiliense.

O socialista planejou ações para tentar frear a onda de crimes. Anunciou a reformulação do canal de emergência 190, com reforço de mais servidores na Central Integrada de Atendimento e Despacho (Ciade), e intensificou o policiamento com 600 homens a mais nas ruas. As ações prometiam mais agilidade no atendimento às ocorrências e patrulhamento ostensivo. Mas, nesta semana, Rollemberg se viu em uma nova encruzilhada: a crise no sistema penitenciário, anunciada em um relatório da Secretaria de Justiça e Cidadania em 2015, o qual o Correio noticiou com exclusividade em 22 de fevereiro.

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