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Pesquisadores desenvolvem suplemento medicinal à base de óleo de pequi

A eficácia do suplemento é observada em doenças que desencadeiam uma alta produção de radicais livres

postado em 29/02/2016 06:10
A eficácia do suplemento é observada em doenças que desencadeiam uma alta produção de radicais livres

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um suplemento medicinal à base de óleo de pequi. O produto, vendido em cápsulas, é eficaz no tratamento de doenças como lúpus e diabetes, além de prevenir infarto e outros problemas cardiovasculares, de acordo com o professor do Departamento de Biologia da UnB César Koppe, que participou do estudo. ;As propriedades fitoterápicas do pequi já eram conhecidas da medicina popular no interior do Goiás. O que fizemos foi provar isso cientificamente e descobrimos que a fruta é rica em vitaminas, sais minerais, frutose e ômega 3, que melhoram funções cardiovasculares;, explica Koppe. O desenvolvimento do produto teve participação de estudantes de biologia e farmácia da universidade.

A eficácia do suplemento é observada em doenças que desencadeiam uma alta produção de radicais livres (grupos de átomos que podem danificar células sadias). O formato em cápsulas torna o produto ;consumível;, segundo o professor, pois o óleo passa por um processo que ameniza o odor e o gosto característicos. ;Não existe meio-termo em relação ao gosto por pequi. Quem gosta pode comer a fruta, pois o efeito será o mesmo. Os que não suportam nem o cheiro podem usar as cápsulas;. A primeira fase do estudo teve início em 1998. Já nessa época, os primeiros testes, feitos em ratos de laboratório, indicavam as potenciais propriedades do pequi na redução do desgaste molecular decorrente de esforço físico. As experiências com animais duraram quatro anos.

Em 2009, começaram os testes em humanos. ;Selecionamos 126 voluntários participantes de equipes de corrida de longa distância, porque são pessoas com um estresse físico alto. Isso significa que, quando eles praticam esportes e o metabolismo é acelerado, ocorre a oxidação das moléculas. Descobrimos que o óleo de pequi inibia esse processo, ou seja, o desgaste físico era menor;, conta Koppe. Os maratonistas tomavam diariamente uma cápsula de 400mg, durante 30 dias antes das corridas.

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