Cidades

Casa abandonada na QI 3 do Lago Sul se transforma em foco do Aedes Aegypti

Uma moradora da quadra entrou em contato com a Vigilância Ambiental há 45 dias, mas não recebeu nenhum retorno do governo. Nesta terça-feira (1/3) ela ligou de novo e também não conseguiu resposta para ação de combate ao mosquito na residência

Isa Stacciarini
postado em 05/03/2016 15:48
Piscina em casa abandonada do Lago Sul com água parada preocupa moradores
Uma casa abandonada na QI 3 do Lago Sul tem preocupado moradores da região por causa de possíveis focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika e febre chikungunya. A residência está fechada há cerca de dois anos, segundo Ana Carolina Miranda, 37 anos. A servidora pública mora na quadra há pouco mais de um ano e afirmou que a situação se tornou um problema para quem vive na mesma rua. Segundo ela, a piscina do lote acumula água suja e não há limpeza no local. O mesmo acontece com o piso do quintal. Na varanda, entulhos, como móveis velhos, ficam amontoados.

Preocupada com os riscos da doença, Ana Carolina procurou a Vigilância Ambiental do Lago Sul há 45 dias. Ela explicou que uma das atendentes teria dito da necessidade do alvará para entrar em casas abandonadas. ;Ela explicou que não tinha ainda o documento exigido e falou que precisaria ter, também, um chaveiro e o acompanhamento de equipes da Agência de Fiscalização do DF (Agefis). Eu até me ofereci a pagar o chaveiro, porque nós estamos muito preocupados com essa situação. Tem um caso clássico na quadra 27 do Lago Sul que há algum tempo muitos moradores tiveram dengue;, destacou.
Entulhos e móveis velhos no quintal da residência também vira foco do mosquito
Sem receber nenhum retorno desde o dia em que procurou o órgão, a servidora pública entrou em contato novamente com a Vigilância Sanitária nesta terça-feira (1/3). ;Esta semana a mesma atendente disse que já tem o alvará para entrar na residência, mas agora não precisa do acompanhamento de equipes da Agefis, mas sim da Polícia Militar, e a questão do chaveiro depende da Administração do Lago Sul;, explicou.

Ana Carolina comprou a casa onde mora há 1 ano e 2 meses. Desde antes de se mudar para o local, a residência já estava fechada. ;A pessoa de quem eu comprei a casa já tinha me dito sobre essa situação. É preocupante. O Governo do Distrito Federal e o governo federal anunciam ações para combate ao mosquito, mas, na prática, nada acontece. Na quadra moram diversas crianças e idosos, além de três bebês com menos de 1 ano. Estamos todos correndo risco;, lamentou.
Em nota, a Secretaria de Saúde disse que a Diretoria de Vigilância Ambiental vai verificar o atendimento dado à denúncia recebida pela moradora e pedirá autorização judicial para os agentes entrarem na casa fechada. Eles farão a inspeção e combate ao mosquito Aedes Aegypti. O órgão garantiu que "assim que for concedida a autorização judicial, a pasta montará uma força-tarefa envolvendo diversos órgãos para que o trabalho seja realizado".
Pisos da varanda acumulam poças d'água

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