postado em 07/03/2016 06:04
Ela chegou há cerca de um ano. Por causa do excesso de fofura e das listras que carregava quando recém-nascida, logo ganhou um apelido carinhoso: Melancia. Apesar da pouca idade e da aparência saudável, a anta que hoje faz parte da lista de aproximadamente 6 mil animais do Jardim Zoológico de Brasília recebe cuidados especiais. Portadora de epilepsia, Melancia toma remédios de uso controlado para fugir das crises convulsivas.
E, ao contrário do que o seu tamanho possa sugerir, medicá-la não é uma tarefa complicada. ;Eu ponho o comprimido dentro de uma banana e dou para ela. Ela é tranquila, não dá trabalho;, explica o veterinário Rafael Bonorino, diretor do Hospital Veterinário do Zoo de Brasília.
Não fosse a estratégia da banana, o veterinário também não teria maiores problemas, já que Melancia não é tão arredia quanto alguns vizinhos. Nos casos mais extremos, o procedimento só é feito por meio de dardos anestésicos ; método utilizado para o domínio de selvagens como veados e elefantes africanos.
;Depende muito do animal para a aplicação de um determinado método de contenção. Há animais que são mais arredios;, ressalta Bonorino. Atualmente, além de Melancia, seis animais são assistidos na unidade, que conta com equipe de dois veterinários, dois tratadores de animais e cinco residentes.
Fundado em 1979, o local atende exclusivamente aos animais do próprio espaço e, eventualmente, aos que habitam áreas ecológicas vizinhas, ou são resgatados por órgãos públicos da área ambiental. Em 2015, a clínica tratou 400 bichos. Neste ano, foram 60 ; 45 do próprio zoológico ; os que passaram pela unidade, que oferece atendimentos em clínica médica, cirurgia, radiologia e laboratório.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.