Cidades

Distritais derrubam veto que proibia remédios derivados do canabidiol

O remédio, derivado da maconha, é visto como saída alternativa a pacientes epiléticos

postado em 09/03/2016 06:01
Sabrina, que tem epilepsia desde os 4 anos: melhoras após o uso da substância, segundo a mãe, Patrícia (E)

A Câmara Legislativa derrubou o veto do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ao projeto que inclui o canabidiol e outros medicamentos na lista de medicamentos distribuídos gratuitamente pela Secretaria de Saúde para o tratamento de epilepsia. O remédio, derivado da Cannabis sativa, mesma planta da maconha, é tido como saída alternativa a pacientes epiléticos que não podem passar por cirurgia. Pais e mães de pacientes afirmam que a liberação representa a oportunidade para quem não pode pagar ; uma seringa custa quase R$ 1 mil. GDF afirma que a prioridade será assegurar o tratamento pela rede pública.

[SAIBAMAIS]Não são todas as pessoas epiléticas que precisam de canabidiol. A psicopedagoga Luiza de Paula Lima, 51 anos, por exemplo, ficou curada após passar por procedimento cirúrgico em 2005, um ano após começar a sentir os sintomas. Apesar do tempo relativamente curto de batalha contra a doença, em comparação com outros pacientes, ela dedicou o tempo depois a ver o Distrito Federal com um programa de atendimento pela rede pública. ;Depois que me curei, comecei a me dedicar a ajudar as pessoas que batalhavam para serem atendidas, mas não conseguiam pagar. Ver um projeto aprovado desse jeito, depois de tanto tempo, representa um avanço inimaginável;, disse.

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Uma das usuárias regulares do canabidiol no DF é a estudante Sabrina Azevedo, 9 anos, diagnosticada com epilepsia desde os 4. Até começar a tomar o medicamento, no começo de 2015, a menina vivia de cama. ;A Sabrina tinha até 30 convulsões por dia. Só ficava em casa, não podia nem estudar. O canabidiol melhorou a fala, a percepção e agora ela está aqui, em pé e contente;, relatou a mãe, a dona de casa Patrícia Azevedo, 35, que recorreu à Justiça para conseguir o remédio. ;Consegui seis seringas e ela está bem. A derrubada do veto, para mim, significa a garantia de que ela vai conseguir receber mais;, afirmou.

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