Luiz Calcagno
postado em 10/03/2016 19:50
;Favor procurar o Pró-lote.; Essas são as palavras escritas em um recado escrito em um papel de pedido de orações e deixado nos portões da Comunidade Espírita Afro-brasileira Ilê Axé de Iemanja Ogum Té, depredada entre segunda (7/3) e terça (8/3). O local foi completamente destruído. Paredes do templo foram derrubadas, imagens se quebraram e nem a flora do terreno foi perdoada. A Ialorixá Noêmi Ferreira, 65 anos, responsável pelo local, morava em um dos cômodos destruídos. Ela conta que alguns móveis foram retirados antes da demolição clandestina.
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Por orientação da Fundação Cultural dos Palmares, a idosa procurou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Céu Azul, responsável pela região. O Ministério Público de Goiás (MPGO) também foi acionado. Noêmi contou que estava viajando e, ao chegar, encontrou o local arrombado e destruído. ;Quebraram minha casa, os quartos de santo, imagens, botaram tudo no chão. O que não destruíram, deixaram tumultuado;, relatou.
Transtornada, a idosa pede por justiça. ;Não posso dizer quem fez isso. Eu não vi. Mas não tínhamos inimizade com ninguém. A Justiça tem que ser feita. Aqui, além de minha casa, é um templo de religião afrodescendente onde se pratica o candomblé. Ninguém tem o direito de dizer que nossas crenças não servem. Como a lei poderia não punir as pessoas que invadem e quebram a casa de alguém?;, desabafou.
A filha da Ialorixá, a técnica de enfermagem Ana Paula Ferreira, 28 anos, conta que esteve no local no fim de semana, e estava tudo bem. ;Vim no sábado e no domingo para limpara a casa. Estava tudo bem. Quando minha mãe chegou na terça a noite, encontrou tudo quebrado. Não sei como fizeram isso, mas metade do barracão está no chão. Isso nunca tinha acontecido antes. Nem pensamos ainda em como vamos fazer para nos reerguer. Estamos organizando essa bagunça primeiro;, afirmou.
A coordenadora do Núcleo de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares, Adna Santos de Araújo, também conhecida como Mãe Baiana, contou que a instituição está acompanhando a situação e que uma advogada da organização acionou o MPGO, a Procuradoria Geral da República e até o Ministério da Justiça. ;Eles nos ligaram pedindo socorro. Não sabiam o que fazer. A impressão que dá é que entraram no local com um trator. Como é que destroem uma casa inteira e ninguém vê? Acabaram com tudo? É uma situação muito triste e estranha. E ainda deixaram um bilhete;, contou.
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Por orientação da Fundação Cultural dos Palmares, a idosa procurou o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) de Céu Azul, responsável pela região. O Ministério Público de Goiás (MPGO) também foi acionado. Noêmi contou que estava viajando e, ao chegar, encontrou o local arrombado e destruído. ;Quebraram minha casa, os quartos de santo, imagens, botaram tudo no chão. O que não destruíram, deixaram tumultuado;, relatou.
Transtornada, a idosa pede por justiça. ;Não posso dizer quem fez isso. Eu não vi. Mas não tínhamos inimizade com ninguém. A Justiça tem que ser feita. Aqui, além de minha casa, é um templo de religião afrodescendente onde se pratica o candomblé. Ninguém tem o direito de dizer que nossas crenças não servem. Como a lei poderia não punir as pessoas que invadem e quebram a casa de alguém?;, desabafou.
A filha da Ialorixá, a técnica de enfermagem Ana Paula Ferreira, 28 anos, conta que esteve no local no fim de semana, e estava tudo bem. ;Vim no sábado e no domingo para limpara a casa. Estava tudo bem. Quando minha mãe chegou na terça a noite, encontrou tudo quebrado. Não sei como fizeram isso, mas metade do barracão está no chão. Isso nunca tinha acontecido antes. Nem pensamos ainda em como vamos fazer para nos reerguer. Estamos organizando essa bagunça primeiro;, afirmou.
A coordenadora do Núcleo de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação Palmares, Adna Santos de Araújo, também conhecida como Mãe Baiana, contou que a instituição está acompanhando a situação e que uma advogada da organização acionou o MPGO, a Procuradoria Geral da República e até o Ministério da Justiça. ;Eles nos ligaram pedindo socorro. Não sabiam o que fazer. A impressão que dá é que entraram no local com um trator. Como é que destroem uma casa inteira e ninguém vê? Acabaram com tudo? É uma situação muito triste e estranha. E ainda deixaram um bilhete;, contou.