A morte da estudante de ciências biológicas da Universidade de Brasília (UnB) Louise Maria da Silva Ribeiro, 20 anos, nesta sexta-feira (11/3), engrossa a lista de crimes ocorridos na instituição nos últimos anos. O Correio levantou nove casos de agressão, troca de tiros e estupro ocorrido no campus Darcy Ribeiro, na Asa Norte, desde 2010, e traçou um mapa (veja abaixo). Ao clicar nos pinos vermelhos, é possível relembrar o local e detalhes das ocorrências.
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A maior parte destes crimes ocorreu perto do Instituto Central de Ciências (ICC), local que reúne mais estudantes. Houve delitos também próximos à Biblioteca Central dos Estudantes (BCE), ao Instituto de Biologia (IB), à Faculdade de Tecnologia (FT) e a uma loja de conveniência localizada ao lado de um posto da polícia militar.
Mobilização
Usuários do Facebook se uniram na rede social para protestar contra a violência na UnB. Na tarde desta sexta-feira, eles criaram um evento intitulado ;Segurança na UnB violência NUNCA mais;. O grupo convida os participantes a se reunirem na próxima terça-feira (15/3) para criarem um abaixo-assinado.
;Será feito um abaixo-assinado para que todos possam colocar sua indignação e vontade de garantir segurança no campus. Vamos lutar por uma UnB mais segura, com câmeras e acesso restrito aos laboratórios, com policiamento e materiais de informação para os universitários. Vamos todos de Branco para lutar pela paz no campus!”, convoca o texto de apresentação do evento. Até as 17h40 desta sexta-feira, 300 participantes já haviam confirmado presença.
Tragédia
A Polícia Militar encontrou, na manhã desta sexta-feira (11/3), o corpo da jovem Louise Ribeiro, 20 anos. A estudante de biologia da Universidade de Brasília (UnB) estava desaparecida desde a noite de quinta-feira (10/3). Segundo a Polícia Militar, um colega de curso confessou o crime e mostrou o local onde o corpo estava, em um matagal próximo a instituição de ensino.
Louise Ribeiro foi vista pela última vez por amigos da UnB, por volta do meio-dia de ontem, quando seguia para o estágio no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), na L4 Norte. Segundo familiares, ela chegou a entrar em contato por volta das 20h, por telefone, dizendo que iria a uma pizzaria na 404 Sul e depois não deu mais notícias.
O capitão Silva, da Polícia Militar, afirmou que o suspeito confessou ter ligado para a vítima dizendo que ia se matar e que só ela poderia evitar. Eles marcaram um encontro no laboratório de biologia da UnB. Lá, ele usou uma substância química para fazer com que ela desmaiasse. Depois, segundo o relato do autor do crime aos policiais, ele a asfixiou e jogou o corpo em um matagal. O suspeito está detido pela Polícia Civil para averiguações.