Cidades

Assassino confesso conta que andou com o corpo de jovem pela UnB

Apresentado à imprensa pela Divisão de Repressão a Sequestros, da Polícia Civil, Vinícius Ribeiro explicou, em detalhes, como matou a estudante da UnB Louise Ribeiro

postado em 11/03/2016 18:46
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A Divisão de Repressão a Sequestros, da Polícia Civil, apresentou, na tarde desta sexta-feira (11/3), Vinícius Neres Ribeiro, 19 anos, que confessou o assassinato da estudante da Universidade de Brasília (UnB) Louise Ribeiro.

Diante de microfones dos jornalistas e muito à vontade, Vinícius disse que se relacionou com Louise de abril a dezembro do ano passado. O rapaz contou ter pensamentos suicidas desde 2013 e que, com o fim do relacionamento, no início deste ano, essa sensação piorou.

Vinícius disse ter feito uma extensa pesquisa a respeito dos efeitos de produtos químicos, como clorofórmio, e que sabia que a ingestão poderia causar a morte. Ele argumentou que, em todos os momentos, estava buscando informação para se matar, e que o assassinato de Louise foi um "ataque de fúria".

Segundo Vinícius, eles marcaram um encontro para conversar no laboratório da Universidade de Brasília (UnB) e, no fim da conversa, ao ser abraçado, teve o que chamou de "ataque de fúria" e decidiu matar a garota. Sem demonstrar qualquer remorso, Vinícius contou que imobilizou Louise, a obrigou a inalar o clorofórmio e, como ela perdera os sentidos parcialmente, se aproveitou da situação para forçá-la a beber cerca de 200ml do líquido.

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Ainda segundo o rapaz, ele deixou Louise imobilizada numa cadeira no laboratório da UnB e saiu para "espairecer". Na volta, Vinícius colocou o corpo de Louise em um carrinho de transporte de material e cobriu com colchão inflável. Vinícius contou que saiu empurrando o corpo de Louise no carrinho pela UnB e levou ao carro. Depois de jogar o corpo da garota em um matagal próximo à universidade, ele ainda guardou o clorofórmio de volta no laboratório, "limpou" a cena e tomou um ônibus da UnB até a Rodoviária do Plano Piloto.

"Vejo esse rapaz com séria doença mental. Ele tem problemas psiquiátricos sérios e tem de ser avaliado pela perícia. Até pelo fato de narrar o fato sem qualquer emoção. Não houve emoção nem quando a família dele o abraçou na DP", destacou Leandro Ritt, chefe da Divisão de Repressão a Sequestros, da Polícia Civil.

Vinícius Ribeiro terá de responder por homicídio triplamente qualificado e ocultação cadáver. Ele pode pegar de 12 a 30 anos de cadeia por homicídio, mais um a três anos pela ocultação.

Com informações de Isa Stacciarini

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