Cidades

Federais e distritais não relaxaram nos gastos, mesmo em mês de férias

Os principais destinos da verba indenizatória foram combustível, locação de carro e material de divulgação. Na Casa local, a cifra chegou a R$ 155 mil

postado em 14/03/2016 08:05
Maioria dos distritais apresentaram notas da Rede Cascol para combustível

Mesmo de férias, os deputados não pouparam o dinheiro público: usaram e abusaram da verba indenizatória em janeiro. Tanto os federais quanto os distritais apresentaram notas fiscais de gastos no período de recesso e foram reembolsados. Além de despesas fixas, como aluguel de gabinete fora das casas legislativas, eles pagaram combustível, locação de carro, desenvolvimento de software e material para divulgação de mandato, entre outros.

Gasolina e etanol são os produtos com os quais os parlamentares mais gastaram. O federal Rogério Rosso (PSD), por exemplo, usou R$ 1,8 mil com esse fim; Alberto Fraga (DEM), R$ 718; e Laerte Bessa (PR), R$ 2,7 mil. Os distritais também torraram fortunas com postos de combustível. A maioria dos parlamentares apresentou nota da Rede Cascol para justificar os gastos. A empresa doou dinheiro para a campanha de muitos deles em 2014 e, recentemente, foi apontada pela PF, pelo Ministério Público do DF e Territórios pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, como a líder do cartel. Apesar de os órgãos terem afirmado que a empresa deu prejuízo anual de R$ 1 bilhão aos brasilienses nas últimas décadas, os parlamentares não levaram em consideração as denúncias e seguiram a parceria com a companhia.



O aluguel de carro de deputados também pesa no bolso do contribuinte. Ronaldo Fonseca (PROS), além de ter desembolsado R$ 1,7 mil com combustível durante o recesso, ainda locou um veículo executivo por R$ 6,5 mil, valor acima do praticado no mercado. Segundo a assessoria dele, os gastos, na verdade, são de dezembro, mas os comprovantes foram apresentados só em janeiro, e o preço da locação está dentro da média do mercado.

Os principais destinos da verba indenizatória foram combustível, locação de carro e material de divulgação. Na Casa local, a cifra chegou a R$ 155 mil

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, .

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação