Isa Stacciarini
postado em 15/03/2016 06:10
Francisco Magalhães de Souza, 41 anos, preso por um assassinato cometido pelo irmão adotivo de mesmo nome, já pode ser liberado do Centro de Detenção Provisória (CDP). O advogado dele, Ivo Ribeiro, confirmou que o alvará de soltura saiu ontem do Tribunal do Júri de Ceilândia para a unidade prisional. Francisco aguarda apenas os procedimentos internos para deixar a prisão.
;Essa é uma questão de justiça, de punir quem deve ser punido e libertar um inocente. Quem cometeu o erro foi o Judiciário;, afirmou Ribeiro. O órgão expediu o documento às 19h01 de ontem. Segundo o juiz Lucas Sales da Costa, Francisco deverá ser solto imediatamente, caso não esteja detido por outra razão além do cumprimento da pena direcionada ao irmão dele. O magistrado determinou que amanhã, ele compareça espontaneamente ao Instituto de Medicina Legal (IML) da Polícia Civil para fazer exames. Contudo, se Francisco não for até lá, isso não será impedimento para a liberdade dele.
Francisco passou 2 e 4 meses atrás das grades por um crime que nunca cometeu. Ao ser detido pela primeira vez, em novembro de 2009, em Paracatu (MG), cidade onde nasceu, não tinha ideia do que aconteceria. A acusação era grave: 20 anos antes, alguém teria matado um rapaz, em Ceilândia, local no qual nunca havia sequer pisado. Pelo delito que desconhece, acabou preso três vezes nos últimos sete anos.
O responsável pelo assassinato é o primo ; e irmão adotivo ;, com quem Francisco compartilha o nome e a filiação. A única diferença oficial entre os dois é a data de nascimento: o Francisco adotado por Terezinha Bezerra de Souza e Belmiro Magalhães de Souza é pouco mais de 11 anos mais velho do que o filho biológico do casal, nascido em 10 de março de 1963.
Colaborou Alessandra Azevedo (Especial para o Correio)
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