Nathália Cardim, Amanda Carvalho - Especial para o Correio, Luiz Calcagno
postado em 16/03/2016 12:48
Depois que deixou Complexo Penitenciário da Papuda, Francisco Magalhães de Souza, 42 anos, seguiu direto para sua Paracatu (MG) e surpreendeu a todos, ao chegar por volta das 21h, no seu lar, que tanto pensou quando esteve preso. Após um reencontro pra lá de emocionante, o homem que ficou preso 2 anos e 4 meses, por um crime que não cometeu só quer seguir sua vida.
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Com um forte abraço na esposa e nos familiares, ele recebeu também o carinho da enteada, a quem ele sempre tratou como filha. Ele se alegrou ao ver os filhos dela, que considera seus netos. Após uma noite merecida de descanso, Francisco falou de seus planos, que são simples e dignos de um homem que passou por tanta injustiça: "Quero mudar de nome e arrumar um emprego. Passei por muitas situações difíceis e preciso virar essa página. Espero voltar logo para a minha vida de antes", afirma. Durante conversa com a esposa, ele soube que as pessoas do antigo trabalho, sempre passam em sua residência para saber se ele foi solto, o que deixa a esperança que ele possa conseguir em breve o seu trabalho de volta.
Francisco voltou para Brasília nesta quarta-feira (16/3). Ele precisa fazer alguns exames que são obrigatórios para quem deixa uma penitenciária. Durante esta manhã, era possível ver outro semblante em seu rosto. Em todo o tempo, ele afirmava ser muito grato ao advogado Ivo Ribeiro, que conseguiu provar a sua inocência: "Não consigo nem imaginar o que seria de mim se o doutor Ivor não tivesse me defendido. Não tenho condições nenhuma de pagar um advogado e ele acreditou em mim. Só Deus e ele para me tirarem daquele lugar".
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Com um forte abraço na esposa e nos familiares, ele recebeu também o carinho da enteada, a quem ele sempre tratou como filha. Ele se alegrou ao ver os filhos dela, que considera seus netos. Após uma noite merecida de descanso, Francisco falou de seus planos, que são simples e dignos de um homem que passou por tanta injustiça: "Quero mudar de nome e arrumar um emprego. Passei por muitas situações difíceis e preciso virar essa página. Espero voltar logo para a minha vida de antes", afirma. Durante conversa com a esposa, ele soube que as pessoas do antigo trabalho, sempre passam em sua residência para saber se ele foi solto, o que deixa a esperança que ele possa conseguir em breve o seu trabalho de volta.
Francisco voltou para Brasília nesta quarta-feira (16/3). Ele precisa fazer alguns exames que são obrigatórios para quem deixa uma penitenciária. Durante esta manhã, era possível ver outro semblante em seu rosto. Em todo o tempo, ele afirmava ser muito grato ao advogado Ivo Ribeiro, que conseguiu provar a sua inocência: "Não consigo nem imaginar o que seria de mim se o doutor Ivor não tivesse me defendido. Não tenho condições nenhuma de pagar um advogado e ele acreditou em mim. Só Deus e ele para me tirarem daquele lugar".
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Ivo afirmou que sentia um grande alívio por a justiça ter, finalmente, libertado seu cliente: "Em um contexto judicial precisamos mostrar que existem outros erros como esses, e que às vezes não se consegue detectá-los facilmente, tanto que o caso perdurou por mais de dois anos até que fosse resolvido".
Há seis dias, Francisco completou o 42; ano de vida. Nem se deu conta de que o aniversário tinha passado. Apenas ao ser questionado sobre a idade, percebeu. Acompanhando a mente, que levou tempo para perceber a liberdade, Francisco demorou para se soltar durante a conversa com o Correio.
Há seis dias, Francisco completou o 42; ano de vida. Nem se deu conta de que o aniversário tinha passado. Apenas ao ser questionado sobre a idade, percebeu. Acompanhando a mente, que levou tempo para perceber a liberdade, Francisco demorou para se soltar durante a conversa com o Correio.
Francisco pretende processar o Estado por danos morais e materiais, pelo emprego perdido e pela vida deixada para trás. ;Graças a Deus, estou livre;, diz Francisco. ;A saudade é muita, Estou doido voltar para casa. Cada vez que fui preso, fiquei triste. Nunca participei de uma audiência sequer com um juiz. Nunca me olharam no rosto. Só me prendiam e me soltavam. Nos últimos meses, o único contato que tive foi com o advogado.