postado em 17/03/2016 06:01
A sensação de liberdade ao lado da família durou menos de 7 horas para Francisco Magalhães de Souza, 42 anos. Mal deixou o Complexo Penitenciário da Papuda, por volta das 12h30 de terça-feira, e o auxiliar de serviços gerais ainda enfrenta burocracias para provar a inocência. Não bastassem as sucessivas falhas no processo que lhe rendeu a prisão, ele não teve tempo para desfrutar o reencontro com parentes e amigos, na cidade de Paracatu (MG), onde morava até ver a vida se transformar num pesadelo durante 2 anos e 4 meses por causa de um crime que jamais cometeu. Ontem, Francisco voltou a Brasília para enfrentar mais um dia de peregrinação em razão de erros do Judiciário no Distrito Federal e em Minas Gerais (leia Cronologia). Na capital, fez exames obrigatórios no Instituto de Medicina Legal (IML).
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[SAIBAMAIS]A história de Francisco foi revelada pelo Correio na última sexta-feira. Ele respondia por um assassinato cometido pelo primo e irmão de criação ; ambos têm o mesmo nome ;, 11 anos mais velho. O homicídio ocorreu em 1989, em Ceilândia. Desde então, o mais novo acabou preso três vezes nos últimos sete anos. Também nunca foi ouvido por um juiz. Tampouco houve julgamento do verdadeiro responsável pelo delito. Para reparar parte do prejuízo causado pela prisão injusta do auxiliar de serviços gerais, a defesa dele ingressará com uma ação por danos morais e materiais contra o Estado, tanto no DF quanto em Minas. Os desacertos se sucederam até mesmo depois que o auxiliar de serviços gerais deixou a Papuda: o alvará de soltura expedido pelo juiz Lucas Sales da Costa apresentava a data de nascimento do autor do crime (veja quadro).
Leia mais em Cidades
Por meio da assessoria de Comunicação, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) informou que não se manifestará sobre o caso, pois o processo está em tramitação. Até o fechamento desta edição, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não haviam respondido aos questionamentos da reportagem. O Ministério Público mineiro, por sua vez, informou que se pronunciará somente quando analisar o processo.
;Volta por cima;
A manhã de ontem foi a primeira em mais de 2 anos que Francisco acordou em casa. ;Eu me sinto a pessoa mais feliz neste momento. Nada no mundo paga o preço da liberdade. Agora, tudo o que eu quero é viver bem longe da cadeia e ser feliz com a minha família. Aquilo não é vida para mim. Vou dar a volta por cima e seguir em frente;, contou. Feliz, ele teve um reencontro emocionante com a mulher, Nair Gonçalves da Silva, 56, a filha, Jéssica, e os netos, em Paracatu. ;Eu vim porque quero cumprir todas as minhas responsabilidades, mas não vejo a hora de voltar para a minha cidade. Não tenho outro desejo a não ser o de ficar com as pessoas que amo. Também quero voltar a ser auxiliar de serviços gerais na empresa onde trabalhava. Eles mandaram cestas básicas para a minha mulher, durante o período em que estive detido;, disse ao Correio, pela manhã.
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[SAIBAMAIS]A história de Francisco foi revelada pelo Correio na última sexta-feira. Ele respondia por um assassinato cometido pelo primo e irmão de criação ; ambos têm o mesmo nome ;, 11 anos mais velho. O homicídio ocorreu em 1989, em Ceilândia. Desde então, o mais novo acabou preso três vezes nos últimos sete anos. Também nunca foi ouvido por um juiz. Tampouco houve julgamento do verdadeiro responsável pelo delito. Para reparar parte do prejuízo causado pela prisão injusta do auxiliar de serviços gerais, a defesa dele ingressará com uma ação por danos morais e materiais contra o Estado, tanto no DF quanto em Minas. Os desacertos se sucederam até mesmo depois que o auxiliar de serviços gerais deixou a Papuda: o alvará de soltura expedido pelo juiz Lucas Sales da Costa apresentava a data de nascimento do autor do crime (veja quadro).
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Por meio da assessoria de Comunicação, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) informou que não se manifestará sobre o caso, pois o processo está em tramitação. Até o fechamento desta edição, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) não haviam respondido aos questionamentos da reportagem. O Ministério Público mineiro, por sua vez, informou que se pronunciará somente quando analisar o processo.
;Volta por cima;
A manhã de ontem foi a primeira em mais de 2 anos que Francisco acordou em casa. ;Eu me sinto a pessoa mais feliz neste momento. Nada no mundo paga o preço da liberdade. Agora, tudo o que eu quero é viver bem longe da cadeia e ser feliz com a minha família. Aquilo não é vida para mim. Vou dar a volta por cima e seguir em frente;, contou. Feliz, ele teve um reencontro emocionante com a mulher, Nair Gonçalves da Silva, 56, a filha, Jéssica, e os netos, em Paracatu. ;Eu vim porque quero cumprir todas as minhas responsabilidades, mas não vejo a hora de voltar para a minha cidade. Não tenho outro desejo a não ser o de ficar com as pessoas que amo. Também quero voltar a ser auxiliar de serviços gerais na empresa onde trabalhava. Eles mandaram cestas básicas para a minha mulher, durante o período em que estive detido;, disse ao Correio, pela manhã.
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