Ana Maria Campos
postado em 20/03/2016 08:10
Brasília quer o impeachmentA intensa mobilização que tomou as ruas no último domingo é um reflexo do que espera a ampla maioria dos moradores do Distrito Federal. Pesquisa feita pelo instituto O Brasil aponta que 75,9% dos eleitores da capital querem o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A reprovação à nomeação do ex-presidente Lula para a Casa Civil também é alta: 84,5% da população rejeitam a medida tomada na semana passada e que acabou sendo suspensa por decisão do ministro Gilmar Mendes. Realizada entre quinta e sexta-feira, a pesquisa ouviu 800 pessoas, a partir de 16 anos, em 26 das 31 cidades do DF.
Bacalhau
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) vai passar os quatro dias do feriado da Semana Santa em Portugal, desfrutando um bacalhau e um bom vinho nacional. A primeira-dama, Márcia Rollemberg, embarcou na semana passada, mas ele deixou para viajar apenas nesta quarta-feira. Estava difícil deixar Brasília em meio a esse turbilhão de emoções na política.
Combate ao estresse
Depois de uma semana tensa, Rodrigo Rollemberg desestressou na Corrida da Paz, que fez parte do projeto Brasília Capital do Ipê. Foram 4,5km em 30 minutos.
Futuro próximo
O presidente do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, é o próximo a ser sabatinado em almoço dos empresários que integram a LIDE, fórum de debates sobre o setor produtivo do DF. Terá de responder sobre seus planos para o futuro.
Goleada alemã
Entre os oito deputados da bancada do DF, cinco são abertamente favoráveis ao impeachment da presidente Dilma Rousseff: Izalci Lucas (PSDB), Laerte Bessa (PR), Augusto Carvalho (Sd), Alberto Fraga (DEM) e Rôney Nemer (PP). Ronaldo Fonseca (Pros) também é considerado voto pelo afastamento da presidente. Érika Kokay (PT) é a voz de defesa da petista. Rogério Rosso (PSD) não dá nenhuma pista. É o presidente da comissão especial do impeachment. Mas não duvidem se o placar ficar no 7X1.
De carona com a crise
Como todos no país, Rodrigo Rollemberg acompanha preocupado os recentes acontecimentos na Esplanada. Pelo menos um lado negativo é sentido no dia a dia do governo. Com uma crise tão gigantesca, na política e na economia, não existe agenda positiva no DF que empolgue o cidadão.
Cacife de 80 mil votos
O ex-deputado Alírio Neto decidiu se desfiliar do PEN, partido pelo qual disputou a última eleição. Com o cacife de quem teve 80 mil votos, o delegado aposentado tem propostas de várias siglas. Mas vai esperar alguns meses para tomar a decisão. Uma coisa é certa: escolherá uma legenda de oposição a Rodrigo Rollemberg (PSB).
3 x 0
No Senado, Cristovam Buarque (PPS) e José Antonio Reguffe (sem partido) são votos claramente pró-impeachment. Hélio José, agora no PMDB, vai seguir orientação do vice-presidente da República, Michel Temer, ou seja... 3 x 0.
Presidente militante
Celina Leão (PPS), presidente da Câmara Legislativa, se engajou na campanha pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi à manifestação do último domingo e também correu para a Esplanada quando saiu o anúncio de que o ex-presidente Lula seria ministro da Casa Civil. De lá, gravou vídeo e publicou nas redes sociais. Ontem bateu boca no Twitter com o ex-secretário de Habitação Rafael Oliveira. O motivo foi a hospedagem de sindicalistas ligados ao PT no Golden Tulip, um dos cinco estrelas mais luxuosos de Brasília. ;Hotel agora tem recorte ideológico?;, indagou Rafael. Celina rebateu: ;Vocês vivem dizendo que a elite está contrária a vocês;.
Vai ter troco
Cresce o sentimento em muitas rodas políticas em Brasília de que o governo Dilma Rousseff chegou ao fim. O impeachment deve passar. Mas os petistas estão no combate. O deputado Chico Vigilante, leal aliado do ex-presidente Lula, diz que cassar o mandato de Dilma abrirá uma guerra nos estados. ;Se a presidente Dilma perder o mandato sem uma prova que conteste a honestidade dela, qualquer governador pode sofrer impeachment", desafia.
Mandou bem
Mesmo no olho do furacão de denúncias, o ex-presidente Lula conseguiu reunir mais de
90 mil pessoas em ato na Avenida Paulista na sexta.
Mandou mal
O ato do PT de Brasília em favor da presidente Dilma reuniu 6 mil manifestantes. Não chegou perto da mobilização contra a corrupção no último domingo.
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