Cidades

Batalha judicial coloca em risco encenação da Via Sacra de Planaltina

A igreja informou no processo que há 42 anos realiza o evento no local, sem qualquer impedimento, no entanto um trecho do percurso da Via Sacra foi cercado por um homem que alega ser dono da área

Nathália Cardim
postado em 22/03/2016 06:02
A igreja informou no processo que há 42 anos realiza o evento no local, sem qualquer impedimento, no entanto um trecho do percurso da Via Sacra foi cercado por um homem que alega ser dono da área

Às vésperas da semana santa, quando ocorre a tradicional via-sacra de Planaltina, o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) determinou a retirada de cercas de arame farpado do Morro da Capelinha e das áreas próximas. A decisão é para garantir a apresentação da maior encenação do Distrito Federal. Um trecho havia sido demarcado no ano passado por um homem que alega ser o dono do terreno de 77,1 hectares desde 1973. Porém, a Paróquia São Sebastião pediu a reintegração de posse para fazer o espetáculo.

A igreja informou no processo que há 42 anos realiza o evento no local, sem qualquer impedimento. Durante vistoria da Defesa Civil no local, na última semana, ficou constatado que, aproximadamente, 9km do espaço destinado ao estacionamento e ao Posto de Comando Móvel da PM estava cercado, inviabilizando a realização da via-sacra. O juiz da Vara Cível de Planaltina determinou, portanto, a retirada do arame farpado.

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A ação foi movida pela paróquia contra o dono das terras vizinhas ao morro, conhecidas como Larga do Catingueiro. O local havia sido disputado judicialmente anteriormente. ;Ainda que se reconheça que a posse da área cercada não pertence à autora, neste momento processual, é preciso primar pela proteção do patrimônio artístico e religioso referente à encenação da via-sacra, o que não causará qualquer prejuízo ao réu;, descreveu o magistrado na decisão.

O TJDFT afirmou, ainda, que o juiz reconheceu estarem presentes no pedido os requisitos para conceder a tutela de urgência, ressaltando que ;é de conhecimento público a encenação da via-sacra todos os anos no Morro da Capelinha e que o evento reúne milhares de pessoas;. A ação continua a tramitar na Justiça e ainda cabe recurso.

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