Cidades

Palco da Via-Sacra, Morro da Capelinha recebe pagadores de promessa

Ailim Cabral
postado em 25/03/2016 10:51
Maria Aparecida Viana chegou ao morro por volta de 9h40. Ela caminhou descalça da base ao topo, carregando uma imagem de Nossa Senhora e rezando o terço
Apesar de a encenação estar marcada para as 15h, muitos fiéis estão no Morro da Capelinha, em Planaltina, desde o início da manhã desta sexta-feira (25/3). A maioria dos presentes chegou mais cedo ao local para orar e pagar promessas. Antes de 10h30, o número de velas ao redor da cruz no topo era tão grande que bombeiros tiveram que apagar as chamas para garantir a segurança de quem chegava. O clima é tranquilo, e, apesar da movimentação, algumas pessoas ainda conseguem subir de carro até próximo ao topo.

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Entre os pagadores de promessa está a diarista Maria Aparecida Viana, 34 anos. Ela chegou ao morro por volta de 9h40 e subiu todo o trajeto da base ao topo à pé, descalça, carregando uma imagem de Nossa Senhora e rezando o terço. Ela contou à reportagem que assiste a encenação desde criança. ;É a primeira vez que venho para pagar promessa;, contou.

Maria sofria com fortes tendinites em ambos os braços e teve medo de parar de trabalhar. Devota de Nossa Senhora Aparecida, prometeu à santa que subiria o morro a pé, com uma imagem na mão e orando, caso ficasse boa. Quatro meses depois, as dores cessaram. ;O sentimento é de alívio, agradecimento e missão cumprida;, disse.

Maria foi acompanhada da irmã, a dona de casa Eliane Paula Viana, 32 anos, do marido de Eliane, o auxiliar de serviços gerais Júnior Alves, 26, e da avó, a pensionista Maria Esteves dos Santos, 71. ;É muito emocionante, muito bom acompanhar a neta pagando promessa. Eu trouxe velas para acender para Nossa Senhora. Eu estava passando mal nos últimos dias, mas hoje me senti bem e fiz questão de vir;, relatou a idosa.
A aposentada Maria Augusta Paulina, 67 anos, subiu o morro com a família em ;agradecimento;. Ela conta que sofreu quatro infartos e conseguiu sobreviver. Por conta da doença, ficou quatro anos sem comparecer à encenação. ;Eu vinha todo ano. Senti muita falta. Não tive nenhuma sequela e só tenho a agradecer;, disse. A família também pediu saúde para a neta de Maria Augusta, a pequena Jessica Mariana Augusta Lopes, 8, que sofreu um acidente de carro aos 2 anos e ficou com limitações físicas e mentais por conta dos ferimentos. Ela tem progredido muito, segundo a avó.

A cachorrinha da família, uma lhasa apso de 9 meses, também participou da caminhada. De acordo com Maria Augusta, o animal toma medicamento controlado e sofre de convulsões. E a fé e a curiosidade uniu o trio Vanda Ferreira da Silva, 42, e o casal Cléber Cardoso, 45 e Franciléia de Jesus Cantanheide, 47. Vanda foi pela primeira vez, sozinha, chegou às 9h40 e conheceu Cléber e Franciléia no Morro da Capelinha. Eles pretendem ficar no local até o fim da encenação.

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