Jornal Correio Braziliense

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Construção civil estima fechamento de 192 mil postos de trabalho no DF

Com medo do atual cenário econômico, o brasiliense teme investir em imóveis. Segmento trabalha para restabelecer o equilíbrio entre oferta e procura

Sem obra, não há emprego para o pedreiro, para o engenheiro civil, muito menos para o mestre de obras. De 2013 para cá, o setor da construção civil da capital passou por reduções significativas em toda a cadeia produtiva. No fim de tudo, o maior impacto é sentido no fechamento de postos de trabalho. São quase 280 mil desempregados nos últimos três anos, de acordo com levantamento do Sindicato da Construção Civil do DF (Sinduscon-DF). Em cenário mais recente, a conta também desanima. A Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi) estima 192 mil empregados atingidos pela recessão.



Há 23 anos na área, Josenildo da Silva recorda os bons tempos. Até 2014, segundo ele, as ligações em busca de orçamento ou serviço eram frequentes. De lá para cá, o negócio só piora, mesmo para quem tem a vantagem de ter um curso superior. ;Não está ruim, está horrível. Está pior do que se imagina. Quase impossível trabalhar em obra;, lamenta o engenheiro civil. Josenildo tinha um emprego fixo e rentável, até o ano passado, em uma empresa de construção. Porém, há mais de um ano, a firma não consegue pegar uma obra sequer para tocar. O reflexo disso é sobra de mão de obra no mercado. ;Para conseguir alguma coisa, tive que aceitar um outro serviço, sem direitos trabalhistas, o que não é certo. Trabalhei muitos anos somente em Águas Claras, em várias obras, mas, agora, tenho que procurar em outros lugares e até fora de Brasília. Mando currículo e as empresas respondem que já receberam outros 500, 600. É bem difícil.;

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