postado em 02/04/2016 08:05
Pela segunda vez em menos de um ano, o espelho d;água da 308 Sul é alvo de disputas para saber quem é responsável pela sua manutenção. Na última quinta-feira, a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) cortou o fornecimento de água do local alegando falta de pagamento desde julho de 2015. Os débitos chegam a um total de R$ 7.859,54 e, segundo a prefeitura da quadra, são de responsabilidade do Governo do Distrito Federal (GDF). De acordo com o Decreto n; 30.303/2009, que dispõe sobre o tombamento da Unidade de Vizinhança 107/307 e 108/308 Sul, toda a área é protegida e deve ser mantida pelo GDF.
A partir da assinatura do documento, houve um acordo para que a Administração do Plano Piloto ficasse encarregada dos pagamentos dos serviços de água e energia elétrica. Segundo Edinho Magalhães, prefeito da 308 Sul, foram sete anos sem qualquer problema relacionado a esses valores. ;Estamos, porém, lidando com isso, de novo, com a gestão de Rodrigo Rollemberg. Eles alegam que não é responsabilidade deles pagar pela área. Mas, se for assim, que ;destombem; a quadra;, argumenta.
Em nota, a Administração do Plano Piloto afirmou que, em dezembro de 2014, enviou ofício à Caesb informando que o espelho d;água não pertence à carga patrimonial da unidade administrativa. Com isso, deverá ser feita uma análise jurídica para verificar a situação e como poderá ser solucionada a questão.
Por meio da Assessoria de Imprensa, o GDF informou que será preciso esperar pela análise jurídica para definir quem, de fato, é o responsável pelo pagamento dos valores atrasados na Caesb, mas não há prazo determinado para que isso ocorra.
Ponto turístico
Até lá, o receio dos moradores é que os peixes ornamentais que são criados no local possam morrer ; Edinho Magalhães acredita que eles devem suportar pouco mais de um mês. Questionada sobre quem seria o responsável pelo pagamento das contas, a Caesb afirmou que não fornece informações de clientes.
O jornalista Bruno Nogueira, 33 anos, garante que somente depois da assinatura do decreto, há sete anos, é que ele pôde ver água no local projetado por Burle Marx. ;Estou há 16 anos morando em Brasília e, na maior parte desse tempo, o espelho d;água permaneceu vazio. Depois que foi feita a revitalização, ele se tornou um ponto turístico mais forte, além de ser um local que os moradores daqui e das quadras vizinhas usam para se divertir.;
Edinho Magalhães explica que, atualmente, ficam a cargo da prefeitura as despesas que envolvem a troca de filtros e bombas ; que garantem a limpeza da água ;, além da alimentação dos peixes. ;A média de gastos mensais é de R$ 600 ; valor quase igual ao que é cobrado pela Caesb;, garante. Ele explica que espera um retorno do GDF até mesmo para o desenvolvimento de parcerias que possam ajudar a diminuir os gastos, mas que mantenham o espelho d;água funcionando. ;Todos os dias, temos turistas, estudantes e moradores que vêm até aqui para aproveitar a quadra. Estamos em um dos cartões-postais de Brasília e é assim que o governo nos trata.;
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