Nathália Cardim
postado em 04/04/2016 08:20
Com o suspeito, identificado como Rodrigo dos Santos Nunes, policiais da Seção de Repressão às Drogas (SRD) da 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), apreenderam o entorpecente que estava armazenado em sacos, malas e tonéis dentro do veículo, além de uma balança de precisão e material para o preparo e refino da droga.
Ainda segundo a investigação, um outro homem de 31 anos, acusado como o chefe do esquema, conseguiu fugir do local. A casa onde o laboratório estava montado pertence à avó de 88 anos do segundo envolvido, que segue foragido. De acordo com o titular da 1; DP, Luiz Alexandre Gratão Fernandes, a dona da casa não desconfiava do esquema. ;Ela é uma senhora cadeirante. Não desconfiava da prática do neto. Ele era quem produzia todo o óleo. O quarto que ele usava para fabricar a droga tinha isolamento acústico para que ninguém pudesse ouvir o barulho no local;, explicou.
A prisão de Rodrigo ocorreu após um mês de investigação. Na manhã de sexta-feira(1;/4), por meio de uma denúncia anônima feita ao 197 da PCDF, os agentes conseguiram chegar até o traficante. A droga é usada por usuários de alto poder aquisitivo. Eles colocam em narguilé, cigarros comuns e eletrônicos. Com dez quilos da erva é possível fazer um litro de óleo.
;O óleo de maconha é algo novo no DF. Eles usam maconha triturada e produtos químicos e inflamáveis como álcool, acetona e gás butano para fabricar o óleo. As apreensões desse tipo de droga na capital, até hoje, tinham sido pequenas. Encontrar um laboratório artesanal com essas proporções, foi uma surpresa para todos. É a primeira vez;, afirmou Gratão.
Os entorpecentes serão encaminhados para o Departamento de Polícia Especializada (DPE). Os esforços da polícia agora, estão concentrados na busca do cabeça do esquema que cumpria prisão domiciliar e já havia sido preso em 2008 por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Caso seja condenado, Rodrigo pode pegar de 5 á 15 anos de prisão, em regime fechado, por tráfico.