Alexandre Santos
postado em 05/04/2016 06:10
Dez meses após o assassinato da adolescente Emilly Cristiny de Almeida da Silva, morta aos 14 anos, em Taguatinga Norte, familiares da jovem esperam que o acusado, Robson Gonçalves de Souza Silva, de 25, pegue a pena máxima pelo crime que cometeu. Ele será julgado na próxima quinta-feira, a partir das 9h, no Tribunal do Júri de Taguatinga. A sessão será presidida pelo juiz titular João Marcos Guimarães Silva.
A jovem foi encontrada com pés e mãos amarrados, em uma região erma do Parque Lago do Cortado, em 14 de junho do ano passado. Segundo a polícia, o corpo de Emilly apresentava sinais de violência sexual e de traumatismo craniano. Preso 17 dias depois, Robson, também conhecido como Rasta, confessou o crime.
Segundo denúncia oferecida pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), o acusado teria atraído a vítima para um local afastado, onde consumou o estupro, o homicídio triplamente qualificado ; por motivo torpe, cruel e meio que impossibilitou a defesa da vítima ; e a ocultação de cadáver. Caso receba as penas máximas para cada crime, o réu poderá ser condenado a até 48 anos de reclusão. Cabe recurso. A defesa de Robson não foi localizada pela reportagem. O advogado de Emilly, por sua vez, prefere não se manifestar para não atrapalhar o andamento do caso. O processo corre sob segredo de Justiça.
Na casa onde viu a sobrinha crescer, na QNL 24, em Taguatinga, a recepcionista Wanderlúcia de Almeida, 43, tia da adolescente, diz que a família continua abalada. ;A gente não se conforma, a dor não passa. A Emilly tinha um futuro pela frente;, lamenta ela, enquanto mostra fotos da garota em álbum numa rede social. Embora seja um meio de recordar os momentos felizes da sobrinha, Wanderlúcia conta que a avó da menina, Almira Francisca, 60, não se conforma em ver a neta somente por imagens. ;Minha mãe não consegue ver as fotos. A Emilly era muito apegada a ela, que sempre a criou e vivei aqui nessa casa.;
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