Agentes da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), da Polícia Civil, precisaram de cinco meses de investigação e monitoramento para desmontar uma quadrilha especializada em arrombamentos de cofres de bancos no Distrito Federal e Entorno. Os 10 suspeitos presos na Operação Dragon participaram de, pelo menos, 11 furtos em agências bancárias e dos Correios, postos de combustíveis e conveniências, desde novembro do ano passado. Além de R$ 400 mil em dinheiro, eles levavam armas e coletes balísticos da equipe de segurança dos locais assaltados. Dois integrantes do grupo estão foragidos, de acordo com a PCDF.
Ao todo, 90 policiais civis cumpriram 12 mandados de prisão provisória e 15 de busca e apreensão em Samambaia, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e São Sebastião. Todo o trabalho policial contou com a autorização da 2; Vara Criminal de Samambaia. Entre os presos estão duas mulheres ; elas são casadas com dois dos envolvidos nas ações e tinham a função de ocultar os objetos roubados e ajudar na comunicação do grupo.
Durante a investigação, o que chamou a atenção da polícia foi o fato de a quadrilha não utilizar explosivos para praticar os crimes. ;Eles agiam de maneira extremamente articulada. Apuramos que os integrantes faziam um levantamento na agência onde aconteceria o roubo. Depois, compareciam ao local durante a madrugada e desligavam todo o sistema;, explicou o delegado-chefe da DRF, Fernando César Costa. As investigações tiveram início em 2015, após um roubo na agência do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). Na ocasião, os criminosos renderam o vigilante e desativaram os alarmes.
O suposto líder da organização coordenava as ações de dentro do presídio, em Brasília. A operação recebeu este nome porque Rodrigo Pereira de Deus, 29 anos, é conhecido como Dragão. Ele cumpria pena em regime semiaberto no CPP (Centro de Progressão Penitenciária), no Setor de Indústrias (SIA), e era responsável por apontar os alvos dos bandidos. De acordo com Fernando César, o homem possui várias passagens por roubo, furto, arrombamento e danos ao patrimônio. ;Não só ele, como a maioria do grupo, aproveitava benefícios de abrandamento da pena, como liberdade condicional e prisão domiciliar, para continuar livres, cometendo crimes.;
Apreensões e morte
A operação também resultou na apreensão de um carro, além de martelos, alicates, macaco hidráulico, maçarico e alavancas que eram utilizados para os arrombamentos. ;A recuperação desses objetos foi fundamental para que outras pessoas não continuassem a realizar esses crimes;, afirmou o titular da DRF. Agora, os envolvidos serão indiciados por formação de quadrilha, roubos e furtos.
A matéria completa está disponívelaqui, para assinantes. Para assinar, clique