postado em 09/04/2016 19:18
Um homem foi preso em flagrante acusado de manter a própria mulher em cárcere privado durante dois meses, em Ceilândia. A vítima, de 39 anos, era mantida embriagada. Além disso, o marido, 41, costumava a agredir verbalmente e fisicamente. Há 20 dias, vizinhos do casal, que vive na CNR 1, notaram gritos vindos do apartamento no último andar do Conjunto L. Preocupados, acionaram a polícia, que, após chegar no local, encontrou diversos objetos quebrados. Tanto a vítima quando o agressor estavam alcoolizados.Havia exatamente 60 dias que marido e mulher tinham se mudado para a vizinhança. Eles eram tão reservados que os vizinhos sequer sabiam da existência da filha do casal, de 4 anos. ;Tão logo eles se mudaram, mantinham distância das outras pessoas. Mas, depois de um mês, as pessoas notaram que, frequentemente, alguns gritos saíam da casa deles. Notaram a voz feminina, mas nunca tinham visto nenhuma mulher sair da casa. Ficaram preocupados;, contou o delegado plantonista da 23; Delegacia de Polícia (P Sul), Henrique Pantozo, responsável pelo caso.
Quando o Batalhão de Choque da Polícia Militar chegou no local, encontrou o algoz sentado na sala de casa, tomando cerveja, e a mulher estava no quarto, aos prantos. Eles estavam juntos há sete anos e, há seis meses, ela queria se divorciar. Por isso, saíram da antiga residência, no Gama, e pegaram o apartamento da Ceilândia. Em depoimento na 23; DP, a vítima afirmou que era espancada e que o marido a xingava, fazendo ela se sentir humilhada.
;Ela contou que ele a empurrava, dava tapas no rosto dela; Os dois depoimentos foram um pouco turvos, porque tanto o marido quanto a mulher haviam ingerido grande quantidade de bebida. Dava para notar que estavam em situação letárgica;, afirmou o delegado. Após ser ouvida, a vítima pediu medidas protetivas de urgência e foi escoltada até o apartamento buscar os objetos pessoais dela e da criança.
Preso em flagrante por cárcere privado, o ajudante de cargas responderá por injúria, ameaça e vias de fato ; agressão. Se condenado, pode pegar até sete anos e três meses de detenção.