postado em 10/04/2016 07:58
O clamor por proteção ao Laguinho da 308 Sul foi transformado, na manhã de sábado (9/4), em um abraço coletivo ao espelho d;água projetado por Burle Marx. Desde que o fornecimento de água foi cortado pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), em 31 de março, devido ao atraso no pagamento das contas, moradores do local e das quadras vizinhas estão empenhados em não deixar o espelho d;água abandonado. A comunidade quer dividir com o governo as responsabilidades, com a justificativa de que o local é público e faz parte da carga patrimonial de Brasília.
A manifestação reuniu 15 pessoas, que trouxeram para a praça o anseio dos demais moradores. De mãos dadas, alguns participantes exibiram cartazes nos quais cobravam providências do poder público. Um deles pedia para que o acordo firmado em 2009 fosse cumprido. O Decreto n; 30.303/2009, dispõe sobre o tombamento das unidades de vizinhança 107/307 e 108/308 Sul, quadras modelos. Toda a área tombada como patrimônio histórico e cultural da humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), deve ser mantida pelo GDF. O acordo fechado, à época, delegou essa responsabilidade à Administração do Plano Piloto, e a encarregou de fazer os pagamentos dos serviços de água e energia elétrica. No entanto, de lá pra cá, o acerto se desfez. O laguinho da 308 Sul não foi incluído como carga patrimonial do governo de algum órgão do estado.
O administrador de Brasília, Marcos Pacco, foi até a quadra conversar com os moradores. O gestor recuou da declaração dada ao Correio, de que não arcaria com a dívida total do laguinho, no valor de R$ 7.859,54, e decidiu incluir o laguinho nas responsabilidades da administração. Até então, não existia um órgão do GDF responsável pela carga patrimonial do laguinho. Segundo Pacco, uma reunião será agendada com uma comissão de moradores para oficializar o acordo e discriminar, em documento, a responsabilidade de cada um sobre a obra de Burle Marx. ;O governo é um só e, por isso, vamos buscar orçamento para pagar essa despesa e assumir daqui pra frente. O encontro com os moradores servirá para enumerar todos os outros problemas das quadras e nós da administração faremos a articulação com os outros órgãos de governo;, garantiu o administrador.
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