postado em 11/04/2016 06:02
Aos 16 anos, a servidora pública Valéria Schmidt ficou tetraplégica depois de um mergulho no Lago Paranoá, em 1988. ;Eu pulei de ponta e bati a cabeça no chão. Fraturei a coluna cervical;, conta. O trauma de ter perdido o movimento das pernas na adolescência não fez com que ela diminuísse a vontade de viver. Ontem, no meio do grupo de cerca de 15 cadeirantes, ela era uma das mais animadas para a trilha de 20 quilômetros no meio da vegetação típica do cerrado.
A Trilha da Inclusão nasceu da paixão por passeios off road e da amizade de Valéria com Luiz Augusto Pereira, 54 anos, dono de um Toyota Bandeirante amarelo, ano 1978. ;Eu conheço o Luiz há muito tempo e sempre andei de jipe com ele. Como eu participava de trilhas antes do acidente e continuei a fazer depois, quis proporcionar essa experiência a outros deficientes. É uma coisa muito interessante para quem não pode andar viver isso aqui;, explica.
A primeira edição da excursão ganhou ares de aventura com o apoio de 30 jipeiros voluntários que transportaram os cadeirantes e outras pessoas com deficiência durante quatro horas e meia mata adentro. O local escolhido foi a Chapada Imperial, a 50 quilômetros de Brasília. Pelo caminho, a paisagem chamou a atenção dos motoristas e passageiros.
Em alguns momentos, nem os poderosos 4x4 conseguiram subir os trechos mais íngremes da estrada de terra e precisaram do auxílio de outros veículos para continuar o caminho. ;Hoje, eu tive uma experiência nova de ajudar uma pessoa a descer da cadeira, a empurrá-la. E é isso o que a gente faz durante as trilhas;, explicou o jipeiro Anderson Hoshi.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.