Cidades

Com surto de H1N1, falta álcool em gel no Distrito Federal

Especialista afirma que o uso em excesso faz mal e que as pessoas não podem abandonar o hábito de lavar as mãos

Otávio Augusto
postado em 15/04/2016 06:05
Carmem, Cristina e Tereza se assustaram com o perigo da gripe
Na Rua das Farmácias, na Asa Sul, um item virou artigo de luxo: álcool em gel. Com a disseminação repentina do vírus H1N1, a procura pelo produto zerou os estoques em várias drogarias. A cada três redes consultadas pelo Correio, duas não tinham o produto. A situação reflete no bolso do consumidor. Os estabelecimentos pagam um valor maior na compra do lote e repassam o reajuste. Em média, o pote de 300ml passou de R$ 7,90 para R$ 10,90.

O álcool em gel, recomendado por autoridades sanitárias como uma das medidas de higiene que diminuem o risco de transmissão da doença, é um produto de venda sazonal. Mulheres jovens, segundo as farmácias, são as que mais recorrem ao item. Contudo, a procura ampliou o mercado para homens, idosos e até mesmo crianças. Fabiana Amorim Sampaio, representante de um laboratório que fabrica o produto, monitora o aumento nas vendas do item. Em 20 dias, o volume comprado pelas farmácias aumentou em até seis vezes. ;É uma demanda não esperada. Por mais que se reforce a linha de produção, por exemplo, com contratações de temporários ou com funcionários dobrando serviço, vai faltar produto;, explica.
Na capital federal, gripe H1N1 já matou três pessoas, 26 estão doentes e 85 casos continuam em investigação. Hoje, a Secretaria de Saúde divulga novo Boletim Epidemiológico, com os casos da última semana. O avanço da doença pauta a busca pelo álcool em gel. Dos 150 frascos comprados recentemente, só sobraram dois em um comércio da Asa Sul.

A servidora pública Carmem Franco, 50 anos, tem o produto em casa, no trabalho, no carro e ainda carrega na bolsa. ;Os números chamam a atenção da gente. Em pouco tempo, houve um volume significativo de mortes e de gente infectada. Neste momento, é melhor prevenir do que remediar;, argumenta. Cristina Xavier, 42, e Tereza Xavier, 70, acreditam que o álcool em gel pode ser um aliado no controle da transmissão do H1N1. ;Enquanto a vacinação não começa, a gente tem que se prevenir como pode. Não devemos deixar os cuidados de higiene à parte;, avalia Cristina. ;O potinho que eu carregava na bolsa acabou há dois meses. Quero comprar outro;, alerta Tereza.
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