Cidades

GDF desembolsa R$ 112 mil para operação de tapar buracos

Há dois anos, o Executivo lançou programa para recapear mais da metade da malha viária do DF, mas menos de 40% foram executados

Helena Mader
postado em 16/04/2016 06:10
As administrações regionais devem informar à Novacap os locais onde há mais buracos para que sejam feitos os reparos: este fica na Asa Sul
Dois anos depois do lançamento do Programa Asfalto Novo, que previa o recapeamento de mais de metade da malha viária do Distrito Federal, o governo assinou contrato com nove empresas para a realização de operações tapa-buraco. O investimento anual será de R$ 112 milhões. A recuperação da pavimentação será feita em todas as regiões administrativas, mas cidades como Ceilândia e Taguatinga terão prioridade. A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) vai trabalhar em parceria com as administrações regionais para reunir reclamações sobre buracos e corrigir os problemas.

Os recursos serão destinados à recuperação de ruas que não haviam sido contempladas pelo Programa Asfalto Novo. O projeto, lançado em 2013, previa investimentos de até R$ 1,9 bilhão para recapear mais de 50% das pistas do DF. Mas, de acordo com a Novacap, menos de 40% dos valores e obras inicialmente previstos foram executados. O governo negocia com o Banco do Brasil a liberação de recursos para a retomada do programa. O Asfalto Novo previa o recapeamento em vias principais e arteriais. Os contratos assinados esta semana destinam investimentos, sobretudo, para pistas internas de conjuntos residenciais ; muitas delas nunca passaram por processos de recuperação asfáltica.

O chefe do Departamento de Infraestrutura da Novacap, Giancarlo Manfrin, conta que, dos R$ 112 milhões empenhados, R$ 12 milhões já foram imediatamente liberados. Ele garante que as operações tapa-buraco começam na próxima segunda-feira. ;Ao todo, foram assinados 16 contratos continuados de manutenção. Eles preveem, além do trabalho de tapa-buraco, pequenas obras no sistema de drenagem, reparo de bocas de lobo e intervenções simples no trânsito, como obras de retorno ou de acesso;, explica.

Taguatinga Sul e Norte, além de Ceilândia Sul e Norte, terão prioridade na destinação dos recursos porque, de acordo com o governo, são as regiões com asfalto mais prejudicado. ;Estamos em contato com as administrações regionais, que passam as demandas ao nosso pessoal. A partir daí, fazemos vistoria e liberamos a execução ou não. Nos casos em que for necessário fazer grandes intervenções, será preciso licitar novamente;, conta Giancarlo Manfrin. A ouvidoria da Novacap também recebe as denúncias e reclamações e encaminha as solicitações às empresas contratadas.

Como a operação tapa-buraco não poderá ser feita em pistas contempladas pelo programa Asfalto Novo, as empresas ganhadoras da concorrência pública receberão mapas das ruas incluídas em cada iniciativa. ;As ruas contempladas pelo Asfalto Novo que porventura apresentarem problemas na pavimentação têm que ser analisadas, já que pode haver garantia contratual;, explica o chefe do Departamento de Infraestrutura da Novacap.

A empresa enviou ofícios a concessionárias públicas, como a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), e também a empresas de telefonia, alertando sobre a necessidade de fazer a recuperação asfáltica nos mesmos padrões, em casos de escavações nas pistas. ;Em Águas Claras, por exemplo, a Caesb abriu valas e depois recompôs o asfalto em padrão inferior ao executado;, exemplifica Giancarlo Manfrim.
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