A direção do Metrô do Distrito Federal informou que o serviço será interrompido no domingo (17/4) de votação da abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. A decisão ocorre após a recusa dos metroviários de trabalharem no evento sem condições de segurança adequadas. A categoria decidiu, em assembleia, na última sexta-feira, pela paralisação. Por nota, a Secretaria de Mobilidade do DF afirmou que, para suprir a ausência dos trens, mais ônibus serão colocados à disposição da população.
Os trens da companhia param de funcionar às 0h de domingo e voltam a operar normalmente na manhã de segunda-feira (18/4).
Durante o embate entre empregados e empresa, o Metrô pediu à Justiça a anulação da paralisação dos metroviários e conseguiu que 100% do efetivo retornasse imediatamente às atividades, o que garantiria o funcionamento durante o domingo. No entanto, para o retorno ao trabalho, a categoria teria que se reunir em assembleia ainda neste sábado para deliberar sobre a suspensão do ato. Porém, não havia tempo hábil para a convocação dos sindicalizados. Diante disso, o Metrô optou por suspender totalmente o serviço no domingo.
"Não temos como fazer operações especiais sem quadro suficiente de funcionários. Não foi pensado que a falta de pessoal coloca os empregados, os passageiros e o patrimônio da companhia em risco;, defende Ronaldo Amorim, diretor do SindiMetrô-DF.
No início da tarde deste sábado (16/4), a administração do Metrô cogitou a possibilidade de liberar as catracas e reduzir o número de trens e estações em operação. Porém, acabou recuando da proposta.
Na quarta-feira (13/4), o Metrô informou a operação especial que estenderia o horário de funcionamento do serviço das 11h às 23h. E que, das 20h às 23h, o embarque seria apenas pela estação central, na Rodoviária. As 23 demais ficariam abertas apenas para o desembarque. Porém, os metroviários se recusaram a fazer operação especial por falta de pessoal e estrutura de segurança.