postado em 18/04/2016 06:10
Com bandeiras, faixas e discursos afiados, movimentos sociais e sindicais ; a maioria, contrária ao impeachment ; começaram cedo a encher a Esplanada dos Ministérios. No início da manhã, já era grande a quantidade de grupos organizados no gramado central. Por volta das 12h, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estão acampados no ginásio Nilson Nelson juntaram-se à manifestação, gritando palavras de ordem em apoio à presidente Dilma Rousseff.
Cerca de 7 mil sem-terra, nos cálculos da Polícia Militar, foram caminhando até a Esplanada. No trajeto, pediam aos motoristas para buzinar. ;Não vai ter golpe, vai ter luta!”, gritavam. No trio elétrico montado do lado dos contrários ao impeachment, o fundador da Frente Nacional de Luta José Rainha, ex-líder do MST, discursou: ;Ou o povo está determinado a vir para a rua para ver a casa grande destruída, ou estaremos perdidos para sempre;.
Vindo de São Paulo, Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), disse que a adesão à manifestação superou as expectativas. ;É uma batalha contra um golpe e, graças aos movimentos de rua, isso está tendo uma dimensão internacional. O povo tem de se levantar contra isso que está acontecendo. Não houve crime de responsabilidade;, afirmou, ressaltando a necessidade de o país encontrar um novo caminho para retomar o crescimento.
[FOTO2]A estudante Thays Carvalho, 28 anos, coordenadora do Levante Popular da Juventude, também destacou que os manifestantes querem mudanças. ;O ato de hoje é para expressar a revolta das ruas. É um ato de defesa da democracia. É um ato plural, que representa vários grupos. Muitas pessoas têm críticas ao governo e cobram mudanças, mas o que está acontecendo é um golpe. Queremos mudanças, mas sem um golpe;, afirmou. Os integrantes do grupo levaram notas falsas de dólar e jogaram no telão quando apareceu a imagem do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Esse gesto foi uma repetição do que ocorreu em novembro do ano passado, quando o parlamentar foi acertado por uma chuva de dólares, após a denúncia de que tinha conta na Suíça.
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