O paradeiro de Sérgio Artur de Almeida de 43 anos, suspeito de ter matado a companheira, Ericamar Guedes de Souza, 27, com um tiro no pescoço na madrugada de quarta-feira (20/4) no Condomínio Del Lago 1, no Itapoã, ainda é desconhecido pela Polícia Civil. De acordo com o delegado-chefe da 6; Delegacia de Polícia (Paranoá), Marcelo Portela, policiais conseguiram contato por telefone com Sérgio, que afirmou que pretende se apresentar à delegacia nos próximos dias. ;Ele falou que se escondeu no Goiás, mas vai voltar e se entregar. Como não trabalhamos com essa hipótese, estamos finalizando o inquérito e caso ele não se apresente, vamos representar pela prisão dele;, afirmou.
[SAIBAMAIS]Na tarde desta quinta-feira (21/4), o Correio tentou entrar em contato com a família da jovem, mas não obteve resposta. O Instituto de Medicina Legal (IML) informou que o corpo da mulher havia sido liberado aos familiares ainda na noite da data do crime. De acordo com a administração do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília, até a tarde desta quinta, não havia registro de velório e sepultamento do corpo em nenhum cemitério da cidade.
O crime ocorreu por volta das 4h, na Quadra 314 da região administrativa, na casa onde o casal morava. A mulher estava grávida de 5 meses e residia com o companheiro há cerca de 60 dias na parte de baixo da residência do inquilino que alugava o espaço para eles. O aposentado de 67 anos contou à polícia que Sérgio ligou para ele por volta das 9h, quando não havia mais chances de socorrer a vítima. Ele pediu para que o senhor acionasse a PM, pois havia uma pessoa morta na casa de baixo.
Uma vizinha do casal que não quis se identificar contou que conhece a mãe e uma tia de Ericamar, mas que quase não tinha contato com a jovem. ;Eles moravam aqui há pouquíssimo tempo. Era um casal tranquilo. Quase não ficavam em casa. Saíam de manhã e retornavam à noite. Estamos surpresos com o que aconteceu;, disse. ;Desde ontem (quarta-feira), ninguém apareceu por aqui. Nós vizinhos estamos esperando algum parente aparecer para nos dar alguma notícia;, complementou.
A Polícia Civil informou que o crime foi registrado como homicídio e violência doméstica. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ainda pode alterar as acusações para feminicídio, antes de denunciar o homem à Justiça. O suspeito é considerado foragido pela polícia e já havia sido preso por tráfico de drogas, anteriormente.