Cidades

Pesquisa feita por estudante da UnB reforça perigos de dirigir ao telefone

Os jovens entre 18 e 25 anos estão no grupo que mais fala e manda mensagens na direção

Adriana Bernardes
postado em 15/05/2016 08:10


Dirigir e falar ao celular distraem o motorista e podem se tornar um comportamento fatal no trânsito. Pesquisas apontam que a falta de atenção contribui para 10% dos acidentes com morte e 17% das ocorrências com danos materiais. Apesar do risco, há quem considere seguro guiar, mandar e ler mensagens, navegar na internet ou fazer chamadas. A fim de entender o mau comportamento de motoristas e pedestres, a estudante de engenharia civil da Universidade de Brasília (UnB) Bianca Fonseca realizou o estudo Distrações perigosas: uso de equipamentos eletrônicos no trânsito por motoristas e pedestres. A falta de atenção causada pelo envio de mensagem e as consequências ficaram evidentes no levantamento. Dos 11 motoristas envolvidos em acidentes, 10 enviavam textos na hora da colisão.

O trabalho foi orientado pelo professor Pastor Willy Taco e coorientado pela doutoranda do Programa de Pós-graduação em Transportes da UnB Zuleide Oliveira Feitosa. A pesquisadora chegou à conclusão de que os jovens motoristas estão entre o grupo de maior risco. ;O celular é mais amplamente utilizado para envio de mensagens de voz ou texto, provavelmente devido à facilidade de acesso a aplicativos como WhatsApp e Messenger do Facebook, principalmente por jovens entre 18 e 25 anos, de renda alta;, explica Bianca.

No caso de pessoas acima de 25 anos e também as de menor renda, o uso do telefone é menos frequente, e eles exploram menos funcionalidades do aparelho. ;Independentemente da renda, os jovens costumam utilizar o celular em situações em que o veículo não está totalmente parado, como em congestionamento, faixa de pedestres ou semáforo.;

Só no último ano, a fiscalização emitiu 51.788 multas no Distrito Federal. Entre janeiro e março deste ano, foram constatadas 12.411 infrações de uso de celular ao volante. O comportamento é tão arriscado que, recentemente, a presidente afastada Dilma Rousseff sancionou a lei que torna mais rigorosa a punição para quem ignora a lei. De infração média, a conduta passará a gravíssima a partir de novembro.

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