postado em 18/05/2016 15:00
O índice de qualidade da água do Lago Paranoá alcançou seu melhor número em 18 anos. Segundo o superintendente de Recursos Hídricos da Caesb, Fernando Starling, as mudanças começaram a ser notadas entre 1998 e 1999. A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) afirma que, apesar da presença de fósforo na entrada do Ribeirão Riacho Fundo, os índices da água no Lago Paranoá estão dentro dos limites estabelecidos pelo órgão.Para comemorar os bons resultados, um evento foi organizado nesta quarta-feira (18/5) no auditório da Universidade Católica de Brasília, na Asa Norte. O seminário Qualidade da Água do Lago Paranoá ; Passado, Presente e Futuro conta com uma extensa programação de atividades, que acontecem de 8h30 à 17h30.
Representantes da Adasa e da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) estarão no local. O seminário conta, também, com a presença de professores, pesquisadores e alunos, estudantes cujo temas é objeto de teses de pós-graduação.
Em entrevista para o Correio, Fernando Starling, comemorou o Lago despoluído. ;É um grande orgulho saber que o lago, nosso único reservatório urbano natural, superou a poluição. A qualidade da água é excelente;.
A coordenadora do Sistema de Informações Hidrológicas da Superintendência de Recursos Hídricos da Adasa, Camila Campos, acredita que o Lago Paranoá, que passou por uma fase ruim, encontra-se estável. ;A gente vê uma melhora com o passar dos anos;.
Darce Lima, 72 anos, é representante do projeto Mar de Brasília e conta que o mesmo oferece aulas sobre poluição, ecologia e o uso racional da água. ;As vezes vamos até o lago para fazer demonstrações com a água. Quando olhamos a mesma em uma coloração verde, temos a impressão de sujeira. Mas não é bem isso. A água do Lago está limpa e em certos lugares até transparente;.
O evento de hoje aborda a qualidade das águas no Distrito Federal, com foco no Lago Paranoá. Serão cinco palestras que tratam temas como o histórico da qualidade da água, assoreamento no lago, as cianobactérias presentes no mesmo e o monitoramento do cólera. Os presentes também participarão de uma Mesa Redonda, com debates entre a Governança do Lago Paranoá, Marcos Helano F. Montenegro da ABES/DF e Jorge Werneck, Presidente do Comitê de Bacia Hidrográfica do Lago.
Com informações de Amanda Ferreira