Cidades

Jovens do DF são os que se alimentam pior segundo levantamento da Codeplan

Estudo coloca a capital com o 4º melhor índice nacional de segurança alimentar, com um dos menores números de pessoas em situação de fome

postado em 18/05/2016 20:46
Estudo realizado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) apontou que os jovens do Distrito Federal são os que menos comem alimentos saudáveis dentre todas as faixas etárias pesquisadas. Cerca de 32% dos brasilienses, com idades entre 18 e 24 anos consomem doces e guloseimas, refrigerantes e lanches como pizzas e salgadinhos, esse é o maior percentual de consumo entre as capitais brasileiras.

A estudante Priscila Arantes, 24 anos, confirma a pesquisa, mas discorda dos riscos à saúde da má alimentação

A estudante Priscila Arantes, 24 anos, confirma a pesquisa, mas discorda dos riscos à saúde da má alimentação. ;Como sou muito magra como bastante besteira para ver se engordo. Só como bem quando tenho tempo de almoçar e jantar com minha mãe, que me cobra uma alimentação mais saudável. Minha alimentação não é saudável, mas ela não me faz mal. Todo ano faço exames e sei que estou bem.;

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Brasília obteve índice superior (23%) à média nacional (21,7%) de consumo de alimentos pouco nutritivos, como doces e salgados, e o maior percentual entre capitais brasileiras de adolescentes com idades entre 14 e 16 anos que consomem doces cinco dias ou mais por semana, 47,6%.

Em contrapartida, a população com mais de 60 anos, apresenta os maiores percentuais de consumo saudável, cerca de 62,4% consomem diariamente frutas e hortaliças. Com isso, Brasília possui o melhor percentual de pessoas que comem o quantitativo recomendado de frutas e, ou hortaliças, em comparação com outras federações, cerca de 52,5%.
A pesquisa composta por quatro blocos analisou o comportamento dos brasilienses em comparação com o restante do país no consumo de alimentos saudáveis, onde foram tomados como medida 400g de hortaliças ou frutas, cerca de cinco porções diárias; o consumo de alimentos pouco nutritivos, como doces, guloseimas, refrigerantes e lanches; os índices de massa corporal (IMC); e os resultados da Escala Brasileira de Segurança Alimentar e Nutricional (EBIA).

Para o diretor presidente da Codeplan, Lúcio Rennó, estes dados devem ser olhados com uma maior cautela para se entender o papel do estado na redução dos percentuais. ;Essa pesquisa é muito interessante porque traz o perfil das pessoas que se enquadram nas diferentes categorias de consumo de alimentos no Distrito Federal, então ela permite direcionar a política pública para esses grupos específicos que tenham mais risco de insegurança alimentar por exemplo, que tenham altos índices de massa corpórea, entre outros problemas, e assim esses fatores precisam ser resolvidos com políticas especificas pra casa caso deles, além de observar quais são os determinantes dessa variação, como vimos ser a renda e a escolaridade; indicou.

Melhor indice alimentar

Estudo mostrou ainda que o DF tem o 4; melhor índice de segurança alimentar do Brasil - o que significa que tem o menor número de pessoas em situação de fome.
Segundo a gerente de políticas transversais da Codeplan e autora do estudo, Lígia Barbosa, foram cruzados os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), e o suplemento sobre segurança alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, dos anos de 2013 a 2015.

;O estudo permitiu que observássemos padrões de comportamento da sociedade, sobretudo com relação às faixas etárias. Então nós temos uma população idosa mais preocupada com o consumo de alimentos saudáveis, e jovens que consomem muito doce. E isso deve ser uma preocupação de toda a sociedade já que percebemos que a relação direta desse fator com a questão da obesidade, do sobrepeso, e o impacto também direto nos custos da saúde;, alertou.

Com informações Agatha Gonzaga.

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