Cidades

Mobilização da comunidade impulsiona projetos sobre tombamento de Brasília

Ações reaparecem agora com a discussão do PPCuB e a formação de conselho sobre o assunto

Helena Mader
postado em 26/05/2016 08:00
A área delimitada por cerca teve de ser retirada do Eixo Monumental depois que a população e o Ministério Público repudiaram a criação do Memorial Jango

O debate sobre as regras de preservação do tombamento de Brasília será retomado três anos após a retirada do projeto da Câmara Legislativa. E a discussão sobre o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub) reaparece em meio a uma crescente mobilização da sociedade. Desde 2013, quando a pressão da população levou ao recuo do governo sobre o tema, surgiram novas associações, conselhos comunitários, organizações não governamentais e federações em defesa da preservação de Brasília. Esse exército de proteção ao tombamento já se articula para acompanhar todas as tratativas do PPCub e promete fazer muito barulho em caso de controvérsias.

[SAIBAMAIS]A arquiteta e urbanista Tânia Batella, da Frente Comunitária de Preservação do Sítio Histórico de Brasília, elogia a mobilização da comunidade e de especialistas em defesa do patrimônio da capital federal. ;A participação popular cresceu muito, e esse processo de mobilização é fundamental porque ajuda a conscientizar as pessoas. À medida que a sociedade se informa, ela fica mais municiada para os debates;, comenta Batella.

A militância da arquiteta em defesa da preservação de Brasília é antiga, mas a entidade presidida por Tânia Batella foi recém-criada. ;A gente alterou o nome e direcionou nossa preocupação aos temas relacionados à preservação da cidade como patrimônio mundial, sem deixar de lado as questões de interesse do Distrito Federal;, justifica a presidente da Frente Comunitária.



Nos últimos anos, a mobilização da comunidade em defesa do plano original da cidade rendeu importantes vitórias. Uma delas apontou para a manutenção das regras de ocupação da Quadra 901 Norte. Na gestão passada, o GDF propôs a alteração das normas de gabarito, para liberar a construção de hotéis e o aumento da altura permitida para a área. Os prédios passariam de 9m para 45m. A reação de especialistas e da sociedade foi rumorosa e o GDF teve que engavetar definitivamente a proposta.

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