Cidades

Sabotagem no sistema de abastecimento deixa parte de Sobradinho sem água

Segundo a empresa, uma pessoa com conhecimento do sistema hídrico teria aberto um registro e desabastecido a tubulação da região, já que não houve danos no sistema local

Luiz Calcagno
postado em 31/05/2016 17:07
Um ato de suposta sabotagem deixou diversas quadras e condomínios de Sobradinho e Sobradinho II sem água na madrugada desta segunda-feira (31/5). A informação é da comunicação da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). Segundo a empresa, uma pessoa com conhecimento do sistema hídrico teria aberto um registro e desabastecido a tubulação da região, já que não houve danos no sistema local.

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A última vez que isso aconteceu foi em 2014, quando residências do Park Way e do Aeroporto de Brasília tiveram o fornecimento cortado, também durante uma greve de funcionários. Dessa vez, os endereços foram as Quadras 2, 7, 8, 9 e 15 de Sobradinho e alguns condomínios de Sobradinho II. Um dos diretores do sindicato dos funcionários da Caesb, Sindágua negou que o fato tenha relação com o movimento paredista.

;Não é um ato que o sindicato tenha conhecimento ou que concorde. É importante lembrar, no entanto, que a empresa já recebeu uma condenação trabalhistas por sabotagem, por provocar os incidentes e acusar funcionários. Além disso, o serviço de manutenção está ilegalmente terceirizado. Precisamos averiguar, precisamos que a empresa passe as devidas informações até para saber se não aconteceu alguma manutenção mal-feita;, afirmou Igor pontes.

Cabo de guerra

As negociações entre a Caesb e o Sindágua tiveram início em abril, com a proposta do sindicato de reajuste de 19% sobre salários e benefícios. Eles também pediram a redução da carga horária de oito para seis horas e cortes na folha de pagamento. A empresa apresentou uma contraproposta de aumento 2,5%, sendo que, em outubro de 2015, já havia concedido outros 17% de reajuste.

De acordo com a assessoria de imprensa da Caesb, a categoria rejeitou a sugestão, mas o sindicato não formalizou novas propostas, embora a comissão de negociação da empresa continue ;fazendo tratativas com os sindicalistas, de forma a encontrar uma solução negociada, dentro da realidade da Companhia e do GDF, que é o acionista majoritário da Caesb;.

Por conta da greve, ainda segundo a companhia, há dificuldades no abastecimento de escolas das áreas rurais, do Paranoá, de Ceilândia e do Gama e nas operações de tratamento de água e esgotos e no andamento das obras da empresa, por conta de piquetes de grevistas que impedem a entrada de material e caminhões na sede e nos canteiros da Caesb.

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