Cidades

Maioria de moradores do Jardim Botânico trabalha em órgão público

Pesquisa Distrital de Amostra de Domicílios (Pdad) destaca o perfil dos moradores de uma das mais novas regiões administrativas do DF

postado em 01/06/2016 06:10 / atualizado em 19/10/2020 15:27

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O Jardim Botânico abriga uma população com renda e escolaridade elevadas se comparadas a outras regiões do Distrito Federal. Grande parte dos moradores é servidora pública e 92% têm carro na garagem. É o que revela a Pesquisa Distrital de Amostra de Domicílios (Pdad) divulgada ontem pela Companhia de Planejamento (Codeplan). Entre as 22 localidades pesquisadas pelo órgão, a região, formada por condomínios, aparece com a segunda maior renda per capita do DF, de R$ 1,8 mil. Os dados também indicam a renda familiar como uma das maiores, estipulada em R$ 12,4 mil. A região perde apenas para o Park Way nos dois quesitos.

Em 8.172 casas distribuídas em cerca de 30 condomínios fechados, vivem 27,3 mil pessoas, com faixa etária predominante (52,12%) entre 25 e 59 anos, seguidas de pessoas de até 14 anos (16,69%) e aquelas com 60 anos ou mais, que representam 16,58%. Os dados revelam que no Jardim Botânico há mais mulheres (51,7%) do que homens (48,2%). Da população, 55,18% vieram de outras unidades da Federação. A maior parte veio de Minas Gerais (22,34%), do Rio de Janeiro (15,73%) e de São Paulo (9,76%).

Dos residentes no Jardim Botânico, a maioria concentra-se no ensino superior completo, incluindo especialização, mestrado e doutorado (47,68%). Entre eles, está Elaine Lima, 28 anos, que há menos de dois anos se formou em gestão pública. “O ensino superior é uma necessidade para qualquer pessoa, independentemente da região onde se mora. Eu tenho ambições de continuar a estudar e fazer uma pós e mestrados na área. Pretendo lidar mais com articulação direta com a população”, contou.

Os ocupados desempenham atividades predominantemente na Administração Pública (38,82%); no comércio (19,79%); e serviços pessoais (7%). Morador do Jardim Botânico há 18 anos, o servidor público do Supremo Tribunal Federal Rafael Yani, 52, escolheu a região por causa da comodidade de morar em um condomínio fechado. “A questão de ser um bairro promissor e também de ser constituídos de residenciais fechados, o que dá um pouco mais de segurança, atrai os servidores”, detalhou. A Codeplan ainda não divulgou os dados da região do Plano Piloto (Asa Sul, Asa Norte, Lago Norte, Lago Sul e Sudoeste).

Dificuldades
A ocupação irregular na região teve como consequência vários problemas. Um exemplo é a falta de transporte público, o que justifica a grande quantidade de veículos na região. Quem mora nos condomínios mais distantes fica sem ônibus. Algumas administrações se uniram e mantêm uma van para levar moradores até o balão da Escola Fazendária. O vice-presidente do Movimento Comunitário Jardim Botânico, Wilton de Queiroz, explicou que, em pesquisa recente feita pelo grupo, os moradores revelaram que deixariam de usar carro se tivessem transporte público de qualidade. “A linha que passa por aqui vem do terminal de São Sebastião e já chega cheia. Não é suficiente para nos atender”, reclamou.
 
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