Cidades

Negociações para a desocupação do Torre Palace continuam nesta manhã

Por conta da operação, o trecho de 100 metros do Eixo Monumental entre a entrada da W/3 Norte e a Torre de TV, sentido Palácio do Buriti, continua interditado e sem previsão de liberação

Jacqueline Saraiva
postado em 02/06/2016 07:30
Ainda sem horário definido, as negociações para a desocupação do Torre Palace Hotel, devem ser retomadas na manhã desta quinta-feira (2/6), em mais um dia de tensão. Após quase 24h, a Polícia Militar cerca o prédio abandonado na área central da capital, onde há ao menos 13 sem-teto do Movimento da Resistência Popular (MRP), que resistem dentro do prédio.

Por conta da operação, o trecho de 100 metros do Eixo Monumental entre a entrada da W/3 Norte e a Torre de TV, sentido Palácio do Buriti, continua interditado e sem previsão de liberação. A recomendação é para que os motoristas evitem passar por lá. A opção é que os motoristas tentem desviar o percurso no acesso direto à Torre, entrando à esquerda na entrada do Parque Burle Marx, e sigam o fluxo nas seis faixas do Eixo Monumental (Veja mapa).

Por conta da operação, o trecho de 100 metros do Eixo Monumental entre a entrada da W/3 Norte e a Torre de TV, sentido Palácio do Buriti, continua interditado e sem previsão de liberação

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Ontem, a operação de dedetização do hotel abandonado se tornou confronto direto entre integrantes do MRP, que ocupa o local, e as forças de segurança do DF. Desde o início da ação, os manifestantes montaram barricadas nas únicas escadas que dão acesso aos pavimentos. Entre o 5; e o 8; andares, pneus, pedaços de madeira, botijões de gás e até um fogão impediam o caminho. Também jogaram bombas caseiras durante todo o dia ; mesmo à noite, quando poucos policiais estavam no local, artefatos eram atirados. Ninguém foi atingido.



O trânsito no Eixo Monumental foi desviado, causando engarrafamentos até a noite. Por volta das 19h30, o Buriti deixou somente um pequeno grupo de policiais no local para monitorar os nove adultos e duas crianças que permaneceram. Os ocupantes querem que o governo forneça um lugar definitivo para moradia e prometem invadir outras construções se forem retirados à força.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, a operação está amparada por decisão judicial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) em 2; instância. O acórdão do desembargador Sebastião Coelho, proferido em 24 de maio, autoriza o Estado a entrar e tomar as medidas legais de saúde e segurança do prédio. A ordem foi reiterada pela Corte às 15h de ontem.

Com informações de Bruno Lima (Esp. para o CB), Bernardo Bittar e Luiz Calcagno

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