Cidades

GDF faz avaliação positiva da desocupação de hotel realizada no domingo

Cinco pessoas envolvidas na confusão continuam presas e ficarão assim até o julgamento

Otávio Augusto
postado em 07/06/2016 06:00

Muros foram levantados para impedir uma nova ocupação

Nos últimos cinco dias, o Torre Palace Hotel protagonizou cenas dignas de um roteiro hollywoodiano ; com direito ao uso de helicópteros, bombas e tiros de bala de borracha. O desleixo dos donos com o prédio erguido em 1973 levou à ocupação do local por famílias do Movimento Resistência Popular (MRP) e dependentes de drogas. Um dia após a operação de retirada dos invasores, as redondezas do Torre Palace permaneceram isoladas. Homens da Polícia Militar, do Departamento de Trânsito (Detran-DF) e do Corpo de Bombeiros acompanhavam a construção do muro que bloqueará a entrada do local. Vigilantes epidemiológicos aplicaram o fumacê contra o mosquito Aedes aegypti. Alguns motoristas passavam em baixa velocidade para observar o local.

[SAIBAMAIS];Essa etapa de desratização e imunização leva alguns dias, é um processo um pouco mais lento. O espaço vai ser monitorado até que seja totalmente fechado;, garante o secretário adjunto de Segurança Pública, coronel Márcio Pereira da Silva (leia Três perguntas para). O GDF avaliou como positiva a ação. Ontem, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) cumprimentou a tropa envolvida na desocupação. ;A ação foi firme, competente e habilidosa;, disse, em visita aos policiais.

Os líderes da invasão continuarão presos até o julgamento do processo pela prática dos crimes de organização criminosa, tentativa de homicídio, tortura, resistência, desobediência e dano aos patrimônios público e privado. A juíza Lorena Alves Campos, do Núcleo de Audiência de Custódia de Brasília, converteu em preventiva a prisão em flagrante de cinco pessoas. Outros oito envolvidos responderão o processo em liberdade. A decisão não agradou à defesa do MRP. ;As pessoas estão na rua e sem nenhum tipo de assistência. Das 16 famílias, temos contato com apenas quatro. Todos foram agredidos. O movimento deve fazer uma reunião para decidir se vai entrar com uma ação contra o Estado;, destaca o advogado Rodrigo Carvalho.

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