Cidades

Em 10 dias, Zoo de Brasília perde segundo leão; Dudu foi sacrificado

Ele já tinha superado em dois anos a expectativa de vida da espécie em cativeiro, que é de 20, e apresentava problemas de locomoção, de visão, nas funções hepáticas, de incontinência urinária, de mastigação, além de ter momentos de inconsciência

postado em 09/06/2016 10:02
Segundo os veterinários, Dudu apresentou agravamento do quadro clínico geral em maio e, em especial, nesta semana
Morreu nesta quarta-feira, aos 22 anos, o leão Dudu, do Jardim Zoológico de Brasília. Ele já tinha superado em dois anos a expectativa de vida da espécie em cativeiro, que é de 20. Nascido em 2 de maio de 1994 e criado na Fundação Jardim Zoológico de Brasília, a fera apresentava problemas de locomoção, de visão, nas funções hepáticas, de incontinência urinária, de mastigação, além de ter momentos de inconsciência. Por conta da saúde delicada, que provocava grande sofrimento, o corpo técnico da instituição decidiu sacrificar o animal. Os especialistas decidiram por um procedimento de eutanásia por meio de injeção em que o bicho não sentiu dores.

Leia mais notícias em Cidades

A jaula de Dudu estava isolada para que não fosse perturbado por visitantes. Segundo os veterinários, Dudu apresentou agravamento do quadro clínico geral em maio e, em especial, nesta semana. Por unanimidade da diretoria e do corpo técnico da entidade, formado por veterinários e biólogos da curadoria de mamíferos, ficou decidida a eutanásia. O laudo da necropsia, finalizado na noite de ontem, indica que o felino apresentava enfisema pulmonar, cálculo na vesícula e nódulos no fígado.
Dudu nasceu na instituição e não pode ser levado para a natureza, pois teve contato imediato com os tratadores, o que o tornou dependente do ser humano. Os primeiros sinais da idade avançada apareceram ainda em 2014. A dificuldade em se locomover, causada pela artrite e pela artrose, chamou a atenção dos veterinários. Dudu vivia em um espaço de 800 metros quadrados, com pontos de sombra e sol, vegetação e área coberta para se proteger das chuvas.

Há cerca de dois meses, no entanto, o zoológico decidiu reduzir a área de vivência do bicho. Um cercado foi construído para monitorar melhor as atividades do animal e evitar que ele caísse nas rampas do local. E em 29 de maio último, morreu o leão Dengo. Portador de Aids felina, a expectativa de vida do bicho era de 14 anos e ele viveu quase 16. Ele chegou ao Distrito Federal em 21 de junho de 2011, depois de toda uma vida de maus-tratos. A idade do espécime, se comparada à dos humanos, seria de pouco mais de 72. Ele já tinha conquistado seu espaço entre os animais mais velhos do zoo, junto com o também leão Dudu, que em 5 de maio último completou 22 anos, o equivalente a 100 no mesmo padrão de medida.
Com informações da Agência Brasília.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação