Os homens do Distrito Federal são os que mais têm dificuldade de ter e manter uma ereção, segundo uma pesquisa conduzida no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com o estudo, 39,9% dos brasilienses relataram ter sofrido com o problema nos últimos seis meses. A média nacional foi de 32,4%. O estado com menor incidência foi a Bahia, com 23,9%.
Na pesquisa, foram ouvidos 3 mil pessoas, de sete capitais brasileiras: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Belém. Os entrevistados tinham entre 18 e 70 anos, e foram divididos em cinco faixas etárias.
A pesquisa mostrou ainda que, no sexo, os homens do DF estão mais preocupados em satisfazer seus parceiros do que com o risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). O índice de entrevistados que indicaram a satisfação do companheiro como maior preocupação chegou a 52%.
Por fim, os brasilienses têm um expectativa de frequência sexual maior que a média do país. Para os homens do DF, seis relações sexuais por semana são o ideal, enquanto a média nacional ficou em cinco ocasiões.
;Muito importante;
Quase 100% das pessoas considera o sexo muito importante para a harmonia do casal. Em média, esse número foi de 95,3%. No caso dos homens, o índice foi um pouco maior, chegando a 96,2%. Parte menor das mulheres delegou essa importância à atividade sexual: 94,5%.
Coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Hospital das Clínicas da USP e responsável pelo estudo, a psiquiatra Carmita Abdo, avalia que o sexo deve, sim, ser visto como ;parte da qualidade de vida;. ;Segundo a OMS, os quatro pilares da qualidade de vida são trabalhar no que gosta, ter uma convivência familiar harmoniosa, ter a capacidade de ter lazer sem restrições físicas ou psíquicas e ter sexo satisfatório", afirmou.