Otávio Augusto
postado em 10/06/2016 18:00
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal registou 525 casos de caxumba em 2016. Entretanto, o número de doentes pode ser ainda maior já que a doença não é de notificação obrigatória. Segundo as autoridades sanitárias, há atualmente na cidade 11 surtos da infecção ; situação que mais de duas pessoas correlacionadas estão com o mal. A Vigilância Epidemiológica está em estado de alerta para o avanço do vírus. De acordo com a literatura médica, a doença geralmente é benigna, mas pode haver complicações, como meningite viral, forma mais branda da infecção que atinge as membranas que envolvem o encéfalo. Outras são a orquite, inflamação dos testículos, e a ooforite, inflamação dos ovários. A caxumba também pode levar à surdez, embora os casos sejam muito raros.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina a tríplice viral ; que protege contra caxumba, sarampo e rubéola ; está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, estão disponíveis as duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, o sistema público de saúde oferece apenas uma dose.
Perguntas e respostas sobre a caxumba
Eduardo Espíndola, especialista em doenças infectocontagiosas.
Há prevenção?
A prevenção é tomar a vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. A imunização ocorre a partir de um ano de idade em duas doses, com intervalo de um mês.
Como ocorre a transmissão?
A caxumba é altamente contagiosa. A transmissão é pelo ar e pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.
Tem tratamento?
Não tem um remédio específico para caxumba. O tratamento consiste em aliviar os sintomas de dor e mal estar e fazer repouso para que o próprio organismo combata o vírus. É preciso que o doente fique isolado para evitar a proliferação da doença.