postado em 12/06/2016 08:10
Na capital federal, 45% das pessoas acima de 39 anos se casaram mais de uma vez ou permeiam um grupo antagônico: nunca subiram ao altar. A constatação é resultado de uma pesquisa da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgada em 2012. Dar uma nova chance ao cupido pode levantar questionamentos e colocar em xeque muitas incertezas. Autonomia, maturidade e experiência são as palavras que mais aparecem no discurso daqueles que deram nova oportunidade ao amor. Eduardo, Mônica, Ana Beatriz, Hiroyuki e Airton são personagens que apostaram em um novo destino sem medo de se apaixonar outra vez.
;Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?; cantava Renato Russo. E, mais uma vez, a história se repetiu em Brasília. Eduardo Mota, 56, e Mônica Oliveira, 51, poderiam ser protagonistas do romance contado pelo músico. Os dois trabalham no mesmo banco, moram na mesma quadra da Asa Sul há mais de uma década e, somente em 2014, seus olhares se cruzaram. ;Meu nome é Eduardo e gostaria muito de te conhecer; foram as primeiras palavras ditas à amada em um encontro de amigos em um bar. Conhecidos não entendem até hoje como o homem reservado teve o ímpeto de se aproximar. Para ele, a resposta é simples: ;Eu estava certo do que queria;.
O relacionamento de dois anos e quatro meses é ancorado na autonomia. ;Nunca ficamos de rolo, nos conhecemos e já começamos a namorar;, revela Mônica. O casal considera a união diferente da vivida pelos amigos e acredita que a sorte trabalhou a favor. ;Nós dois estávamos disponíveis para o amor;, ressalta a mulher. A única dificuldade, para eles, é a confiança da entrega do companheiro no namoro devido a ;amores; passados.
Uma amiga em comum proporcionou o contato entre os servidores públicos Ana Beatriz Borges, 43 anos e Hiroyuki Miki, 50 anos. Começaram a sair e as conversas se prolongavam em horas, sem se darem conta do passar do tempo. Para Ana Beatriz, uma das vantagens do relacionamento é o fato de os dois estarem financeiramente estáveis. ;Assim, podemos fazer o que gostamos, viajar e ir a bons a restaurantes.; Hiroyuki diz que a amada resume a representação da vida a dois que sempre quis. Ambos consideram o namoro um sentimento maduro, no qual já sabem o que querem: envelhecer um do lado do outro. Uma possível barreira para o casal é a comunhão entre as famílias, pois a convivência e a rotina são alteradas. ;Quando a gente passa a felicidade para os filhos, mostra que estamos bem, eles entendem;, argumenta Ana Beatriz.
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