Cidades

Polícia investiga morte de estudante a facada após assalto em Taguatinga

A jovem, de 20 anos, seguia para a faculdade quando, por volta das 16h30, recebeu uma facada no peito, em Taguatinga. O criminoso levou apenas o celular da jovem. Bombeiros ainda tentaram reanimá-la, mas ela morreu no local

postado em 15/06/2016 07:56
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;Eu sou uma longa história.; A frase, publicada em uma rede social há menos de uma semana por Jéssica Leite César, sintetiza a personalidade alegre e cheia de vontade de viver da jovem de 20 anos. Ontem, a estudante de jornalismo morreu com uma facada no peito assassinada, após o roubo de um celular. Segundo testemunhas, a universitária foi abordada por um casal, na EQNL 21/23, atrás da Igreja São Sebastião, em Taguatinga, por volta das 16h30, quando ia para a faculdade. O Corpo de Bombeiros chegou a prestar atendimento no local, mas Jéssica não resistiu. Ninguém foi preso e ainda não há suspeitos.

Embora existam indícios de que o crime tenha sido latrocínio ; roubo seguido de morte ;, a polícia ainda investiga o caso. De acordo com o delegado-chefe da 17; DP (Taguatinga Norte), Flávio Messina, responsável pelo caso, a hipótese de homicídio não está descartada. ;A menina teve apenas o celular levado, mas estava de mochila e com a carteira. Nada foi sequer mexido. Ela levou uma faca única, direto no coração. E isso não é comum;, justificou. Normalmente, segundo o policial, na correria de um assalto, golpes de arma branca não ocorrem em locais tão específicos.

[SAIBAMAIS]Os objetos da jovem deixados pelos assassinos foram apreendidos pela polícia e estão na delegacia. Muita abalada, a família de Jéssica, segundo Messina, não estava em condições de prestar depoimento. ;É um caso muito estranho. Não dá para afirmar nada com certeza;, acrescentou o chefe da unidade policial. Jéssica foi encontrada na rua pelo Corpo de Bombeiros, que fez o atendimento emergencial, inclusive tentando reanimá-la.



Jéssica era órfã de pai e morava na QNL 19, com a mãe, Mônica, o irmão mais novo, Edson, de 15 anos, e dois cachorros da raça lhasa apso. ;Mônica está desesperada, acha que a qualquer momento a Jéssica voltará para casa. Mas, infelizmente, isso não vai acontecer. Nossa vontade era descobrir que tudo isso foi apenas um triste mal-entendido;, contou o amigo de infância da estudante Heitor de Moura. O celular roubado da jovem era um iPhone modelo 4S, cujo valor de mercado não ultrapassa, hoje, R$ 500. ;Mas foi comprado com um dinheiro suado, que ela ganhou trabalhando;, afirmou Heitor. Jéssica havia trabalhado em uma empresa de telemarketing e também na Universidade Católica de Brasília, onde cursava jornalismo. Segundo amigos, ela não tinha namorado.

Ontem, ela assistiria a uma aula de radiojornalismo. Quando soube da morte, a professora Angélica Cordova lamentou na internet: ;Hoje, a voz da turma de radiojornalismo se calou. Apresentaríamos o nosso último programa do semestre. No corredor, a notícia que ninguém acredita: Jéssica Leite está morta;. Pouco antes de ser brutalmente, assassinada, Jéssica compartilhou pelo menos três postagens no Facebook, por volta das 14h. Em sua página, ela sempre aparecia sempre sorridente.

Comoção
A morte violenta da jovem causou comoção na internet. Amigos e colegas de turma de Jéssica postaram mensagens de apoio à família e de homenagem à jovem, que era fã de rock e de animais de estimação. Gabriel Dutra comentou: ;Eu não estou acreditando.... Não consigo aceitar... Sdds (saudades) eternas de você;. Diego Luz deixou uma mensagem: ;Minha irmã porruda. Saudades eternas;. A direção da Universidade Católica suspendeu as aulas noturnas do curso de jornalismo. Durante a noite, aproximadamente 30 pessoas foram à casa da família de Jéssica prestar solidariedade à mãe e ao irmão dela.

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