Cidades

Polícia aguarda depoimento de testemunha que viu Jéssica Leite ser morta

Nome é mantido em sigilo para não interferir nas investigações do assassinato da estudante de comunicação

Isa Stacciarini
postado em 17/06/2016 07:17

Estudante de 20 anos foi morta com uma facada no peito

Na tentativa de encontrar pistas que levam ao suspeito do assassino da jovem Jéssica Leite César, 20 anos, a Polícia Civil ouviu, nesta quinta-feira (16/6), uma testemunha mantida em sigilo que presenciou toda a cena. Ela está ajudando na identificação do autor. Os investigadores também querem saber a rotina dela, o trajeto que costumava fazer para ir à faculdade e qual era o comportamento adotado pela estudante do 5; semestre de jornalismo. A mãe da universitária, Mônica Leite dos Santos, 46, e o tio da menina Anderson Leite dos Santos, 38, também prestaram depoimento na tarde de ontem na 17; Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte). O delegado que investiga o caso, Flávio Messina, ressaltou que o principal mistério a ser desvendado é o motivo de Jéssica ter parado na praça onde o crime ocorreu.

Leia mais notícias em Cidades

Mãe e tio saíram da delegacia com a mochila que a jovem usava quando morreu com uma facada no peito, por volta das 16h30 de terça-feira. Segundo ocorrência registrada no dia do crime, policiais encontraram na bolsa uma balança de precisão, um microsselo e vários chips de celulares. Na noite de quarta-feira, Messina acrescentou que uma pequena quantidade de maconha e LSD também estava lá. O material continua apreendido. A polícia quer saber se os pertences eram de Jéssica ou se podem ter sido colocados na bolsa dela, já que o depoimento de uma testemunha indica que a mochila estava aberta próximo a um banco da praça. Depois, alguém a entregou no endereço em que a vítima morava com a mãe e o irmão de 14 anos. A ocorrência confirma que os policiais recuperaram a bolsa marrom no local.

[SAIBAMAIS]Na tarde de ontem, o tio da jovem conversou com o Correio. Abalado, ele revelou que, quando chegou ao local do crime com a mãe de Jéssica, por volta das 18h de terça-feira, a mochila já não estava mais lá. ;Alguém pegou e tentou entregar na casa dela, mas não tinha ninguém. Então, deixaram com a vizinha. Como que uma pessoa morre esfaqueada e a mochila sai de lá? Isso não poderia ter acontecido porque é prova do crime. Quem trouxe essa bolsa?;, questionou.

Anderson revelou que nunca soube do envolvimento da sobrinha com entorpecentes. Segundo ele, a jovem saiu de casa mais cedo para fazer um trabalho na universidade ; versão confirmada por uma professora. ;Em relação a amizades, eu não sei. Amigo, a gente tem muito na rua, mas nunca se sabe se são bons ou ruins. Não importa se ela tinha alguma relação errada. Não justifica. O que interessa é achar quem a matou. A polícia precisa ir atrás das outras coisas para descobrir isso.;

Alerta
Anderson contou que a irmã soube da morte da filha quando estava a caminho da universidade. Ela faz ciências contábeis em uma faculdade de Taguatinga e teria duas provas na noite de terça-feira. Quando recebeu a ligação que informava do acontecido com a filha, se deslocou até o trabalho do gerente de ótica para que fossem juntos ao local repassado. ;Inicialmente, ela achou que fosse trote. Agora, que o caso sirva de alerta para que os pais e as mães saibam onde os filhos andam. E que não usem celular na rua. Como pode matar uma menina por causa de celular?;, destacou. Ele revelou ainda que a irmã está tomando remédios.

O titular da 17; DP, Flávio Messina, afirmou que o depoimento da mãe trouxe informações relevantes sobre alguns pontos que a polícia ainda tinha dúvidas. ;A gente a ouviu para saber se a vítima tinha algum inimigo, algum namorado. O que ela falou de mais importante foi que a Jéssica fazia aquele trajeto para ir à aula e que filha falou que ia sair antes de casa porque apresentaria um trabalho;, explicou. Segundo o delegado, durante a conversa, a mãe disse que não sabia do envolvimento da filha com drogas. O investigador também afirmou que amigos serão ouvidos nos próximos dias. ;A gente está quase lá. Estamos em busca de uma testemunha que a gente acredita que viu (o crime acontecer);, concluiu Messina.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação