Leonardo Meireles
postado em 18/06/2016 17:21
O Correio conseguiu falar com Kelly Bolsonaro, que passou a palavra para um amigo que também participou da manifestação. Ele pediu para ser identificado por Maurício, por medo de perseguições. Segundo Maurício, o principal objetivo do ato foi mostrar que há outras forças políticas dentro da universidade e pedir o fim da doutrinação esquerdista nas instituições de ensino superior. ;Nós nos organizamos pelo WhatsApp para um ato pacífico, com cerca de 40 pessoas, inclusive com estudantes;, afirma. Maurício acredita que no máximo 30 pessoas estiveram no Minhocão Norte, todas com o intuito de pedir liberdade de expressão.
Ele reconhece que alguns manifestantes estavam mais exaltados. ;Eles estavam com medo porque já aconteceu antes de a gente protestar e ser agredido;, garante. ;Uma senhora foi muito provocada. Um cara levantou a saia e mostrou as nádegas para ela. Não precisava de xingar, mas, às vezes, não conseguimos nos controlar;, explica Maurício, justificando as palavras de uma das integrantes do grupo. Ele disse também ter repreendido outra pessoa que estava com uma espécie de porrete na mão.
[SAIBAMAIS]
;Dos 30 que estiveram ali, três tiveram um comportamento inadequado. Nós somos contra. Não tem ninguém homofóbico do nosso lado;, resumiu, destacando que também não foi deles que veio a bomba que explodiu no meio da confusão.
Maurício aponta que muitos estudantes estão no lado do grupo que pede o fim da perseguição de alunos e professores por suas posições políticas. ;Durante o ato, muitos faziam sinal de positivo e nos davam apoio, mas eles fazem isso escondido por medo de serem perseguidos. Hoje, na UnB, a maioria não é esquerda;, argumenta, prometendo que as ações vão continuar e que, em breve, um vídeo com a versão deles será publicado.
No perfil do movimento no Facebook, os organizadores publicaram um vídeo do protesto sob o ponto de vista deles:
[VIDEO1]