O Distrito Federal está menos homofóbico. Pelo menos é o que garante pesquisa divulgada pela Associação da Parada do Orgulho LGBTS de Brasília por ocasião da 19; marcha do coletivo, que vai acontecer neste domingo 26, a partir de 14h, com saída em frente ao Congresso Nacional.
[SAIBAMAIS]Na primeira avaliação, realizada em 2007, 64% dos entrevistados haviam sido vítimas de discriminação nos dois anos anteriores. Na última análise, feita em maio deste ano, o índice teve uma queda de 20%: agora, 51,4% dos avaliados garantem ter sofrido com o preconceito. A pesquisa entrevistou 375 LBBT;s em bares, festas e clubes de Brasília.
Apesar da diminuição, o percentual de 2016 ainda representa mais da metade dos ouvidos, o que mantém a associação em alerta. ;O levantamento evidencia que, aos poucos, o respeito à diversidade tem ganho espaço, mas não se pode aceitar que ainda um de cada dois LGBT tenham sofrido discriminação. Nossa comemoração aí dura pouco ao ver ainda o quanto há preconceito;, garante Welton Trindade, coordenador da pesquisa.
Um dos pontos que mais preocupam os ativistas é a baixa taxa de denúncia. Dentre os ouvidos, 87% não fizeram relato oficial algum, mesmo aqueles que sofreram com a homofobia no ambiente de trabalho. Outro dado apresentado é o que diferencia a própria comunidade LGBT no que toca o preconceito: entre os travestis, transexuais e transgêneros que responderam à pesquisa, 76,47% sofreram discriminação.
Entre os negros, 65% relataram o problema, contra 51,19% dos que se consideram brancos. O ambiente familiar ainda é um dos que mais traz preconceito para a comunidade LGBT: 44% dos entrevistados afirmam que o preconceito aconteceu dentro de casa.