Luiz Calcagno
postado em 30/06/2016 15:34
Uma mensagem divulgada via whatsapp em grupos de esportistas causou constrangimento à Universidade de Brasília (UnB). O texto afirma que a pista de atletismo em borracha comprada pela universidade completará três anos acondicionada no campus Darcy Ribeiro. O material nunca foi fixado nos trajetos de pedrisco usado por estudantes da instituição e por esportistas de todo o Distrito federal.
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;Eu topo um bolinho para comemorarmos;, segue em tom irônico o texto, compartilhado diversas vezes. De fato, a comunicação da universidade publicou uma matéria em 13 de agosto de 2013 que anuncia que ;duas pistas novas de atletismo chegaram à Universidade de Brasília nesta semana;. Os equipamentos, enrolados e ensacados custaram R$ 14 milhões, e lá permanecem.
Ainda segundo a matéria da UnB, os emborrachados serviriam para revitalizar duas pistas de atletismo, sendo uma profissional, ;com oito raias;. De acordo com o professor da faculdade de Engenharia Civil e Ambiental André Luiz Aquere, responsável pela Diretoria de Gestão de Infraestrutura (DGI/DAF) da universidade, o maior problema é que a instituição depende do aval do Ministério dos Esportes para dar continuidade a um processo licitatório que vence a cada seis meses.
Sempre que a pasta demora mais de um semestre para responder, a universidade precisa dar início a um novo processo licitatório, explica André Luiz Aquere. ;Os projetos foram encaminhados para o min esporte em março ou abril de 2015, pedindo a descentralização dos recursos. Só a partir desse momento a universidade poderia licitar a obra. Em agosto, o ministério apresenta uma lista de perguntas sobre o projeto. Respondemos. Mas o orçamento para licitação tem validade de seis meses e tivemos que refazer o orçamento.
A expectativa do professor é que, dessa vez, o Ministério libere a verba até o fim de julho. Porém, a pasta tem até meados de setembro para concluir os trâmites e garantir a execução das obras de revitalização das pistas. Quem frequenta o local, lamenta. ;Aquilo é um tapa na cara. Toda vez que entramos, vemos aquilo. Temos pouco acesso à pistas de atletismo no DF. Vemos um material de qualidade e uma reforma que era pra ter sido feita no ano passado. Eles (governo) dizem que falta dinheiro para o esporte, mas gastam de forma ineficiente;, dispara o treinador de corrida profissional Andrei Achcar.
;As pessoas estão indignadas pois foi investido dinheiro público ali. Um valor grande. E nada foi feito no fim. E chama a atenção em um ano de Olimpíadas. Esses espaços deviam estar revitalizados. Prontos para descobrirmos talentos;, completa o triatleta amador Rinaldo Pereira. ;Eles tem que revitalizar e manter o espaço aberto à população, conclui.
A reportagem do Correio Braziliense procurou o Ministério do Esporte. Por meio de nota, a pasta responsabilizou a UnB pela demora. Por e-mail, a assessoria de imprensa informou que ;desde 2013, o Ministério do Esporte disponibilizou recursos para as obras de construção das bases de duas pistas de atletismo;. Segundo eles, porém, os recursos foram devolvidos ao ministério pela própria UnB, ;pois a instituição comunicou que faria ajustes no projeto de arquitetura e engenharia. No entanto, a universidade não chegou a apresentar uma versão final dentro das conformidades;, concluem.
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;Eu topo um bolinho para comemorarmos;, segue em tom irônico o texto, compartilhado diversas vezes. De fato, a comunicação da universidade publicou uma matéria em 13 de agosto de 2013 que anuncia que ;duas pistas novas de atletismo chegaram à Universidade de Brasília nesta semana;. Os equipamentos, enrolados e ensacados custaram R$ 14 milhões, e lá permanecem.
Ainda segundo a matéria da UnB, os emborrachados serviriam para revitalizar duas pistas de atletismo, sendo uma profissional, ;com oito raias;. De acordo com o professor da faculdade de Engenharia Civil e Ambiental André Luiz Aquere, responsável pela Diretoria de Gestão de Infraestrutura (DGI/DAF) da universidade, o maior problema é que a instituição depende do aval do Ministério dos Esportes para dar continuidade a um processo licitatório que vence a cada seis meses.
Sempre que a pasta demora mais de um semestre para responder, a universidade precisa dar início a um novo processo licitatório, explica André Luiz Aquere. ;Os projetos foram encaminhados para o min esporte em março ou abril de 2015, pedindo a descentralização dos recursos. Só a partir desse momento a universidade poderia licitar a obra. Em agosto, o ministério apresenta uma lista de perguntas sobre o projeto. Respondemos. Mas o orçamento para licitação tem validade de seis meses e tivemos que refazer o orçamento.
A expectativa do professor é que, dessa vez, o Ministério libere a verba até o fim de julho. Porém, a pasta tem até meados de setembro para concluir os trâmites e garantir a execução das obras de revitalização das pistas. Quem frequenta o local, lamenta. ;Aquilo é um tapa na cara. Toda vez que entramos, vemos aquilo. Temos pouco acesso à pistas de atletismo no DF. Vemos um material de qualidade e uma reforma que era pra ter sido feita no ano passado. Eles (governo) dizem que falta dinheiro para o esporte, mas gastam de forma ineficiente;, dispara o treinador de corrida profissional Andrei Achcar.
;As pessoas estão indignadas pois foi investido dinheiro público ali. Um valor grande. E nada foi feito no fim. E chama a atenção em um ano de Olimpíadas. Esses espaços deviam estar revitalizados. Prontos para descobrirmos talentos;, completa o triatleta amador Rinaldo Pereira. ;Eles tem que revitalizar e manter o espaço aberto à população, conclui.
A reportagem do Correio Braziliense procurou o Ministério do Esporte. Por meio de nota, a pasta responsabilizou a UnB pela demora. Por e-mail, a assessoria de imprensa informou que ;desde 2013, o Ministério do Esporte disponibilizou recursos para as obras de construção das bases de duas pistas de atletismo;. Segundo eles, porém, os recursos foram devolvidos ao ministério pela própria UnB, ;pois a instituição comunicou que faria ajustes no projeto de arquitetura e engenharia. No entanto, a universidade não chegou a apresentar uma versão final dentro das conformidades;, concluem.