postado em 03/07/2016 07:53
Para tentar garantir o funcionamento do posto da Polícia Militar da SQS 216, moradores da Asa Sul fizeram ontem uma manifestação pacífica em frente ao local, pedindo ao GDF e à corporação a continuidade do serviço. Segundo a comunidade, a PM anunciou que fecharia a unidade policial ; que hoje funciona apenas durante o dia ; ainda este mês. Um abaixo-assinado tem passado pelos 360 apartamentos da superquadra e já conta com 30 dos 80 nomes necessários para o documento ser enviado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Segundo a líder comunitária Fernanda Monturil, 44 anos, os moradores da 216 Sul se sentem desconfortáveis com as ameças da PM de fechar o postinho. ;Cada unidade dessas custou milhares de reais à época da construção. Não faz sentido gastar dinheiro público dessa maneira. Além do mais, um policial aqui dentro já resolve nosso problema;, contou. Para a ex-presidente do Conselho Comunitário da quadra, uma solução simples e possível seria manter o local como base para as atividades policiais da região. ;Se alguém vier eventualmente, já está de bom tamanho. O que não pode é fechar isso aqui e deixar os bandidos à vontade para agir;.
A decisão de fechar o posto comunitário teria sido repassada pelo 1; Batalhão de Polícia Militar (BPM), responsável pela Asa Sul. ;Não sei se é culpa deles, mas ficamos todos inseguros. Tenho uma sobrinha pequena, sempre moramos nesta quadra e, desde 2015, quando a unidade passou a ficar fechada durante a noite, não temos mais sossego para passear no fim do dia, pedalar, e nem aproveitar essa área tão bonita;, declarou o funcionário público Diogo Bueno, 30 anos, nascido e criado em meio aos cobogós da SQS 216.
Entre os manifestantes estavam integrantes dos conselhos comunitários da Asa Norte, da Asa Sul e da Vila Telebrasília. ;A Polícia Militar empurrou a notícia do fechamento desse e de outros tantos postos goela abaixo. Moradores estão insatisfeitos e representantes de outros bairros vieram se solidarizar. Daqui pra frente, pode acontecer com eles também;, afirmou o presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, José Daldegan, 54 anos. Ele sugere que o GDF seja responsável pela estrutura das unidades, pois concorda que a PM está com efetivo baixo. ;Eles não precisam ser seguranças patrimoniais, mas deveriam continuar tomando conta da quadra. Nem que permaneçam nesse esquema reduzido.;
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